Venda de atestados em Sapiranga gera cobranças da oposição

Sapiranga – A sessão de segunda-feira (29) da Câmara de Vereadores foi quente. Na oportunidade, veio à tona o debate sobre as denúncias de venda de atestados médicos em Sapiranga. Em seus discursos, vereadores de todos os partidos, especialmente do PT, aproveitaram para cobrar investigações rigorosas sobre o caso. “Penso que o governo atual não tenha culpa na situação, mas cabe a nós, vereadores, fazermos algo. Proponho uma comissão para investigar o caso”, disse o petista Dico. 
Vereador Rubinho (PP) afirmou que o caso já foi denunciado pela Prefeitura à Polícia Civil em 30 de abril. Na ocasião, a juíza teria se negado a fazer buscas porque faltavam provas. 
Gilberto Gêmeos afirmou que a imprensa não atrapalhou nas investigações. “A Polícia já sabia disso há 3 meses. Se não investigou ainda, agora não investiga mais”, disse.
A polêmica na fala dos vereadores
*Vereadora Bruna Blos (PP) frisou que se o funcionário trabalhava na cooperativa que presta serviços para a Prefeitura, é a própria cooperativa que também deve ser responsabilizada.  “Não tem que culpa quem indicou essa pessoa para trabalhar. Tem que culpar o infrator e ainda quem comprou os atestados”, salientou. “Cargos indicados tinham no governo anterior e nesse também”, emendou.
 
*De acordo com informações, o principal suspeito é um jovem de 18 anos que trabalhou em um posto de saúde do município em fevereiro.
*O caso que ganhou repercussão no ano passado,  quando um estagiário teria abusado de crianças em uma creche do município, foi citado pelo vereador Guto (PMDB).
Cleidi do Prado (PT) retrucou o peemedebista, dizendo que  o fato não havia sido esclarecido e provado. “O menino acusado no ano passado continua na Fase, em Novo Hamburgo, com proteção da justiça e não cumprindo pena”, afirmou.