União de poderes para câmeras serem instaladas

Sapiranga – A instalação das câmeras de monitoramento no município terá entre os principais financiadores o Poder Judiciário. Em novo encontro no auditório da Secretaria de Educação (Smed) na semana passada, a diretora da Comarca de Sapiranga, juíza Paula de Mattos Paradeda, reafirmou o compromisso de destinar cerca de 319 mil reais para a instalação e a manutenção, por 24 meses, de quatro câmeras de monitoramento no município. O recurso é referente ao valor acumulado pelo Fórum de Sapiranga através do pagamento das penas alternativas. “Quatro ajudam, mas sabemos que não é suficiente. As câmeras serão um excelente recurso instalado na cidade”, enaltece a juíza.
A prefeita de Sapiranga, Corinha Molling (PP) apontou a necessidade do trabalho conjunto para implantar o sistema de monitoramento. “A Brigada Militar e a Polícia Civil estão fazendo a sua parte. Precisamos da ajuda dos empresários, bancos e do Poder Legislativo para instalarmos as câmeras”, destaca Corinha.
Além do Poder Judiciário, quem também deve ajudar com recursos financeiros para a instalação da câmeras de monitoramento é a Câmara de Vereadores. “Desde o início da ano, venho tentando repassar uma verba para o Consepro de Sapiranga, mas por problemas burocráticos, ainda não conseguimos realizar”, comenta o presidente da Câmara de Vereadores, Augusto Grooders (o Guto). Durante o encontro, o vereador garantiu que a Câmara repassará recursos para, pelo menos, um equipamento de vigilância.
Responsável pelo policiamento de Sapiranga e outros 11 municípios, o major da Brigada Militar, Marcelo Carpes, explicou que uma câmera de monitoramento, sozinha, consegue cobrir o trabalho de dez policiais militares, durante 24 horas por dia.  “Em Campo Bom inauguramos câmeras com qualidade HD. Em Taquara, outras 20 câmeras foram instaladas. O marginal deixou de ser oportunista. Hoje ele vê o que está acontecendo”, comentou o major, Marcelo Carpes.
Consepros unidos
>Uma sexta câmera (além das quatro do Judiciário e outra através do Legislativo)  deve ser bancada através da união dos Consepros de Campo Bom e Sapiranga. Conforme o presidente da conselho campo-bonense, Pedro Rogério Martins Duarte, diálogos com a presidente do conselho sapiranguense, Adriana Rost, vem ocorrendo seguidamente, para que uma câmera de monitoramento seja instalada, também, na divisa dos dois municípios. “Temos a intenção de colocar uma câmera no final da Av. dos Municípios junto ao posto do Comando Rodoviário da Brigada Militar”, revela o presidente do Consepro de Campo Bom.
>Outra entidade que deverá contribuir com a manutenção de uma das câmeras é a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Sapiranga, presidida por, Álvaro Pereira (foto).
GGI-M terá pepel decisivo
Os integrantes do Gabinete de Gestão Integrada (GGI-M) – Defesa Civil, Guarda de Trânsito, Consepro, entre outros setores – se reúnem, periodicamente, para buscar informações com outros municípios, para a elaboração de um projeto de monitoramento por câmeras para Sapiranga. Entre os municípios que as lideranças locais buscam se espelhar para a implantação das câmeras estão Campo Bom e Taquara.  “Há milhões disponíveis em Brasília para a implantação das câmeras. O projeto é essencial”, cita Adriana Rost, do Consepro de Sapiranga.
Major cita existência de central
Um dos equipamentos do antigo sistema de monitoramento de Sapiranga que devem ser utilizados (mas que deverão passar por pequenos incrementos) é a central de monitoramento, instalada na sede do 32º Batalhão de Polícia Militar.
Em Campo Bom, um dos exemplos base para o projeto de Sapiranga, a Central de Monitoramento, além de ser moderna, unifica o sistema de controle por GPS das viaturas, o 190 da Brigada Militar e o próprio sistema de controle por câmeras, operado 24 horas pelos policiais treinados para esta função.
Recursos devem ser anunciados
A prefeita Corinha Molling destacou que pedirá à Secretaria da Fazenda um parecer da viabilidade para destinar recursos públicos, ainda neste ano, para complementar a instalação das câmeras no município. “Tomei conhecimento dos valores neste encontro. Solicitarei a reserva de recursos para esta ação na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2015”, garantiu a prefeita.
Antes de deixar o encontro, a prefeita anunciou que, nos próximos dias, passará à juiza, Paula de Mattos Paradeda, uma estimativa de quanto a Prefeitura destinará ao projeto.
Verba por indicação de deputado
Outra possibilidade cogitada no encontro foi a indicação de uma emenda parlamentar através de um deputado federal da região, diretamente ao Ministério da Justiça (que é ligado à Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp). Desta forma, teoricamente, seria uma segunda opção a ser articulada pela Prefeitura, caso o município, não tenha recursos financeiros neste ano para contribuir com a instalação dos equipamentos. Representantes da rede bancária que estiveram no encontro se comprometeram em levar a pauta às gerências regionais dos bancos.