Sapiranga – Nenhum outro político local desperta tanta controvérsia como Renato Molling. Enquanto correligionários o colocam como um dos grandes prefeitos da história, os opositores, possuem uma interpretação diferente.
Longe da Câmara dos Deputados e das articulações em nível federal e estadual, Molling, literalmente, saiu do centro das atenções. Mas, ao seu modo, continua fazendo política. Em um diálogo descontraído onde comentou sobre futebol (Molling é gremista, e disse que não vai a Arena desde pouco antes da semifinal contra o Flamengo), o bom momento do município e até sobre agricultura, Molling traçou alguns paralelos do início da sua gestão com a administração de Corinha Molling: “O início das gestões foram muito parecidas. Assumi em um momento em que gastávamos 78% do orçamento só para pagar o funcionalismo. Recuperamos o município, fizemos mais de 200 quilômetros de pavimentações, construímos 45 mil metros quadrados de escolas, 14 ginásios de esportes, construímos postos de saúde, tudo isso com oito anos de muito trabalho e dedicação”, relembra Molling.
Cálculos e levantamento da sua assessoria pessoal mostram que enquanto foi deputado federal, conseguiu destinar R$ 59 milhões para obras de infraestrutura e saúde para Sapiranga: “Claro que precisamos fazer mais, mas qualquer administração se pudesse faria”, avalia.
Política e futuro
O ex-prefeito e ex-deputado avaliou que todos os partidos possuem pessoas boas e outras, nem tão boas: “Eu sempre fui do PP e 90% do que existe no município, ajudamos a construir. Não é o partido que faz, é a pessoa. Enquanto houver espaço para poder trabalhar pela comunidade, não tem lógica eu sair do partido ou da política. Enquanto existir espaço vamos continuar trabalhando”, apontou.
No seu entendimento, o próximo prefeito (a), terá que dar atenção especial aos aspectos de drenagem do município: “As redes são muito antigas e os volumes de dinheiro necessários para qualificar esse setor só crescem. Acredito que o tratamento de esgoto é outra área que necessita de atenção da Corsan, que precisa intensificar esses investimentos. A distribuição de água também necessita de investimentos”, comenta Renato.
Foto: Arquivo/JR.