Testemunhas não comparecem em Comissão de Ética da Câmara de Sapiranga que envolve Alessandro Melo

Sapiranga – Os trabalhos da primeira Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Sapiranga, criada para apurar unicamente a denúncia contra o vereador Alessandro Mello, continuaram mesmo em meio a semana marcada pela sessão que aprovou, por unanimidade, a abertura de outro processo. E neste segundo caso será avaliada outra conduta de Melo, assim como a de Cesino Nunes de Carvalho, o Dula (ambos do Progressistas), Valmir Pegoraro, o Baxo (PDT) e Leonardo Braga (PSDB), todos afastados do cargo pela Justiça a partir de investigações.

Entretanto, a atividade prevista para quarta-feira, ocasião em que os membros da primeira comissão ouviriam testemunhas, não aconteceu a partir de petição dos advogados de Melo. O pedido solicitava que fosse aberto mão do procedimento. Agora, os advogados serão intimados para apresentar as razões finais em um prazo de cinco dias. Vale lembrar que os políticos afastados apareceram em investigação da Polícia Civil de Sapiranga, em um suposto esquema de compra de votos na eleição da Mesa Diretora identificado, em articulações em dezembro de 2018. O pedido de afastamento (feito pela Polícia Civil e que foi acatado pelo Poder Judiciário) tem como base o suposto envolvimento de Alessandro Melo, Cesino Nunes de Carvalho, o Dula (ambos do Progressistas), Valmir Pegoraro, o Baxo (PDT) e Leonardo Braga (PSDB), em crimes de corrupção ativa e passiva. Há fortes indícios de que os vereadores afastados e mencionados acima teriam recebido valores em dinheiro para votar na chapa de Alessandro Melo. Flagrado por policiais civis negociando a venda de um revólver, Melo enfrenta processo disciplinar aberto anteriormente.

NOTA DA REDAÇÃO: O Jornal Repercussão informa que retirou do texto a frase postada em sua versão impressa que dizia “Há fortes indícios de que cada um dos vereadores que votou na chapa de Alessandro Melo teriam recebido valores em dinheiro”, tendo em vista que não há provas no momento sobre qualquer outro vereador envolvido no esquema e também não é o objetivo do Repercussão ofender a moral de parlamentares que votaram em Alessandro Melo, mas não participaram do esquema.

Texto: Fábio Radke

Foto: Câmara/ Divulgação