Sessão em Campo Bom com Brigada e registro de B.O

Campo Bom – Com a sequência de derrotas na proposta de criar uma instância consultiva para aprimorar o transporte coletivo no município, os vereadores do PCdoB (Victor de Souza e Valter Fernandes Lemos) e do PSB (Jair Wingert) fizeram nova investida na sessão da segunda-feira (8). 
Com a negativa do Departamento Jurídico da Casa – que alegou inconstitucionalidade da proposta, sustentando que tal decisão compete apenas ao prefeito-, os vereadores de oposição apresentaram um pedido de informações direcionado ao prefeito, Faisal Karam, se existe o interesse da Administração em criar o Conselho de Transporte Coletivo e os motivos da não criação.
Posto em votação, o pedido foi negado por 7 votos a 3, gerando insatisfação de manifestantes, que voltaram a ocupar o plenário, e dos autores da proposta, que alegam que o gesto é antidemocrático. Contrariado, um manifestante direcionou ofensas contra o presidente da Câmara, Maximiliano de Souza (PMDB), que solicitou a presença da Brigada Militar.
Os desdobramentos:
*Esta é a segunda vez em dois meses que a Brigada Militar é chamada pelo presidente da Câmara. Em maio, um desentendimento entre os vereadores Paulo Tigre (PMDB) e Jair Wingert (PSB) também motivou a vinda da Brigada.
*O clima esquentou quando Paulo Tigre disse na tribuna que a educação que os vereadores possuem, falta para alguns, e que através da oferta da educação, seria possível diminuir as interrupções e as badernas.
*Os manifestantes subiram o tom e passaram a contestar os pedidos da presidência para que eles não se manifestassem durante a fala dos vereadores e a sessão acabou suspensa.
*O grupo deixou a sessão da Câmara e se dirigiu até a Delegacia de Polícia para registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) contra dois vereadores (um contra o vereador Paulo Tigre e outro contra Max de Souza (ambos do PMDB).
*Conforme um dos manifestantes, o B.O de injúria é direcionado ao vereador Paulo Tigre e o de ameaça à Max de Souza.
*Max de Souza, disse que as manifestações tomam contornos político-partidário. “Rechaçamos a forma que as críticas são direcionadas, com palavras ofensivas e de baixo calão”, disse.