Sessão de homenagens vira espaço de manifestação

Sapiranga – A sessão de segunda-feira (21) da Câmara de Vereadores da Cidade das Rosas era para ser tranquila, com homenagens destinadas aos professores das redes de ensino estadual, municipal e particular, além de profissionais da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos (APADA). Porém, os ânimos ficaram acirrados no local, com a manifestação de moradores da Vila São Paulo, bairro São Jacó. 
Os cidadãos da localidade levaram cartazes e por várias vezes interromperam a fala dos vereadores da base governista (PP, PSB, PTB e PMDB), com vaias e gritos. 
Os moradores reivindicam que seja mantido o projeto que destinaria casas com terrenos de 200 m² para as famílias que serão desapropriadas para as obras da Avenida Travessão Ferrabraz. Ao todo, seriam 61 famílias contempladas.
Já o governo de Corinha Molling (PP) e a sua base de vereadores propõem outra medida: beneficiar mais 35 famílias no local, diminuindo o tamanho dos terrenos para 125m². “Queremos que pessoas enraizadas na Vila São Paulo não precisem deixar o local”, disse Valmir Monteiro (PMDB).
 Os professores homenageados foram: Rede Estadual – Milton Osório Vidal, Ines Baierle, Suzana da Silva; Rede Municipal – Elenara dos Santos Nardes, Maria Helena Demeneghi, Luiz Fernando Schmatemberg; Rede particular – Anelise Pereira, Naomi Weirich Fischer, Angela Cristina Schumacher; e APADA – Alessandra Born Berg, Fabiana Loiva Bacher Migliavacca, Dione da Costa Galvan, Silvana Perpétua Moite e Deise Schüler. 
O requerimento para as homenagens partiu da vereadora petista Cleidi do Prado, também professora.
Vereadores João Moraes (PT) e Camilo (PSB) defenderam que se faça um novo debate para rever o projeto. Camilo, inclusive, disparou: “A prefeita não quer tirar o direito de vocês, moradores. Aliás, sabemos que foram dadas casas populares para muitos que não precisavam no governo do PT”.
A modificação no projeto de Lei 173/2013, que altera a medida dos terrenos na Vila São Paulo já foi pauta do Jornal Repercussão na sessão da quinta-feira (17/10). Na ocasião, o governista Sandro Seixas (PP) defendeu que mais famílias serão beneficiadas com a mudança no projeto. 
Bruna Blos (PP) ressaltou a democracia. “Manifestação pacífica é válida. Só acho feio quando tem pessoas querendo utilizar a população para se promover na política”, disse.