Redecker, Marcel, Nelsinho e Gabriel avaliam mandatos

Atuação | Deputados estaduais falam sobre os dois anos de mandato

Região – Os deputados estaduais que foram eleitos em 2014 e que obtiveram votação na área de abrangência do Jornal Repercussão (Araricá, Campo Bom, Nova Hartz e Sapiranga) ganham espaço e avaliam estes dois primeiros anos de mandato. Entre os entrevistados desta edição aparece Lucas Redecker (PSDB), que foi o segundo mais votado nos municípios daqui, totalizando 6.060 votos – ficando atrás de João Fischer, o Fixinha (PP).

A lista ainda traz o deputado Marcel van Hattem (PP) que iniciou o ano de 2015 como suplente, mas foi guindado ao cargo de deputado após o titular da cadeira, o deputado Pedro Westphalen (PP), ser convidado pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) para ocupar o cargo de secretário estadual de Transportes.

Outros nomes não tão tradicionais na região como o do deputado Nelsinho Metalúrgico (PT) e do deputado Gabriel Souza (PMDB) também obtiveram votos por aqui, fato este que contribuiu para a eleição de ambos.

Perfis

Filho do ex-deputado federal Júlio Redecker, Lucas está no seu segundo mandato como deputado estadual. Nos dois primeiros anos, foi secretário de Minas e Energia do Governador Sartori. Marcel van Hattem possui um discurso contra o inchaço da máquina estatal e virou notícia nacional ao devolver mensalmente o aumento concedido a todos os deputados no início do mandato. Gabriel Souza (PMDB) tem se destacado como líder do governo Sartori na Assembleia.

Deputados estaduais eleitos em 2014 avaliam momento do RS e suas atuações

Lucas Redecker, PSDB – Fez 6.060 votos na região
“Deixo a Secretaria de Minas e Energia satisfeito com os resultados. Entre as realizações destaco o Plano Energético, o Atlas das Biomassas e a isenção de impostos para quem quer gerar a própria energia, bem como a criação do Programa RS Energias Renováveis. Criamos grupos de trabalho para fomentar a energia solar e eólica, recriamos o Comitê de Planejamento Energético do RS (Copergs) e o Comitê de Planejamento da Mineração (Comergs), e incluímos a ampliação da rede trifásica para o campo entre as prioridades da Consulta Popular. Garantimos ainda descontos entre 50 e 70% nos custos das licenças ambientais e antes de deixar a SME, encaminhei a conclusão do Atlas Solarimétrico, previsto para este ano, bem como o Plano Estadual de Mineração, também em fase de preparação. De volta à Assembleia Legislativa, apresentei projeto de lei que torna obrigatório o ponto eletrônico para os servidores públicos. O projeto valoriza os servidores que cumprem a carga horária, amplia os mecanismos de gestão da área de Recursos Humanos, além de contribuir para a moralidade administrativa. Sou titular da Comissão de Constituição da Justiça, onde já tenho mais de 70 projetos de lei para relatar e titular da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos. A exemplo do mandato anterior, estarei presente e atuante nos projetos que buscam um futuro melhor para o RS”.

Marcel van Hattem, PP – Fez 1.310 votos na região
“A voz que queremos representar é a de todos os eleitores e cidadãos gaúchos, que têm o direito de acompanhar as ações dos seus representantes. Em dois anos de mandato, utilizei apenas 28% da verba de gabinete, economizando R$ 223.040,51. Também abri mão do aumento e devolvo mensalmente R$ 3.837,93 aos cofres do Estado. Na Assembleia, protocolei os projetos (Presos Pagam a Conta, Escola sem Partido, Transparência nos Anúncios Públicos e Inauguração de Obras Públicas) e a PEC (Menos Estatais). Também requeri uma Comissão para revogação e simplificação de leis (Revoga Já). O Estado precisa voltar a crescer. É exatamente isso que o governador Sartori pretende ao apresentar medidas para eliminar inchaços da máquina estatal e garantir que os serviços básicos voltem a ser a prioridade. Há muito trabalho a ser feito. Continuarei atento às ações do governo. Conte comigo e com o mandato para o qual fui eleito com 35.345 votos. Precisamos aproximar a população da política. Não existe outra forma de reverter os absurdos que nos incomodam senão pelos meios democráticos. Quem muda a política somos nós!”.

Nelsinho Metalúrgico, PT – Fez 406 na região
“Em 2015, no governo Sartori, a sociedade gaúcha viu aumentar a violência em todo o estado. Como presidente da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da AL-RS, desenvolvi um trabalho técnico para avaliar os dados oficiais publicados pela própria Secretaria de Segurança. Comparando as estatísticas dos últimos dez anos publicamos o livro “Realidade dos Serviços Públicos – O Retrato da Segurança no RS”. O livro constatou o crescimento do crime organizado e o desmonte das estruturas públicas, que poderiam auxiliar no enfrentamento. Também propôs ao governo a adoção de políticas públicas efetivas, que resultariam em maior segurança. Debati, com municípios de todas as regiões do RS, a situação da violência. O número de homicídios, no estado, alcançou patamar mais elevado do que o número de mortes registrados em alguns países em guerra. Foram dois anos denunciando a falta de projetos e o abandono que o governo Sartori impôs ao estado, lutando contra o fim das fundações e das empresas públicas do nosso estado. Este é um governo sem projetos, cujo único objetivo é diminuir a prestação de serviço, entregando bens e inteligência para a iniciativa privada, de forma irresponsável.”

Gabriel Souza, PMDB – Fez 354 votos na região
“Ao longo das últimas décadas, cada um dos governadores que se sucederam no comando do Rio Grande do Sul tomaram decisões e colocaram em prática o que entendiam por Estado. Foram diversos partidos, diferentes visões de gerenciamento político e econômico. E sempre apenas um alvo final: a população gaúcha. Mais do que procurar culpados ou apontar problemas, José Ivo Sartori, nesses dois anos, decidiu ser diferente. Comprou brigas que nunca haviam sido compradas. Mexeu num Estado inchado, que entrega serviços públicos básicos muito aquém da expectativa do cidadão. Apertou os cintos, sem abrir mão de olhar para o futuro. Reduziu mais de mil CCs, derrubou gastos com diárias, passagens aéreas e consultorias, economizando, somente no primeiro ano, R$ 1 bilhão nessas áreas. Saiu das 29 secretarias do último governo para 17, além da extinção de 9 fundações e uma companhia, a partir de uma visão modernizada de gerenciamento do dinheiro público. Ao longo de todo esse tempo, Sartori sempre deixou claro que a recuperação do RS era uma tarefa que apenas se iniciava com ele, mas seria de muitos governadores. Agora, trabalhamos na adesão ao Plano de Recuperação Fiscal, renegociando a dívida com a União e mirando um cenário que permita investimentos em áreas que os gaúchos tanto precisam”.