Região – Os números do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontam que as Câmaras de Vereadores de Campo Bom, Sapiranga, Araricá e Nova Hartz gastaram juntas R$6.787.939,00 no ano de 2012. O valor refere-se aos gastos com salários de vereadores, assessores e manutenção das Casas Legislativas no período.
Com o valor total de despesas dos quatro municípios, poderiam ser feitas aproximadamente cinco escolas de educação infantil de alto padrão (na faixa
de R$1,3 milhão, como a EMEF Dona Lindu, em Sapiranga).
Cabe ressaltar que todas as câmaras estão dentro dos tetos máximos de gastos delimitados pela Constituição Federal – que é de 7% do orçamento municipal. Porém, quando se trata do dinheiro da população, todo tipo de fiscalização é bem-vinda. Isso porque os números falam por si: há cidades em que os salários dos vereadores são altos
em relação à realidade econômica local, há excesso de assessores, de funcionários
e de regalias (como o pagamento de diárias).
O presidente da Câmara de Vereadores de Sapiranga em 2012, João Moraes (PT), afirma que nos gastos do ano passado também estão as adequações e reformas que a Casa Legislativa teve de fazer para receber cinco vereadores a mais em 2013 (antes eram 10, agora 15). Moraes garante ainda que as economias foram feitas até mesmo na máquina de fotocópias do local. “No final de 2012, devolvi aos cofres do município mais de R$ 385 mil para serem aplicados em diversas melhorias para a população”, frisa Moraes.
Em Araricá, o presidente do legislativo em 2012, Ari Schrepp (PP), assegura que os vereadores não possuem assessores. “Nossa Câmara tem apenas uma secretária e um diretor. Em 2012, fizemos uma grande economia com o corte de um convênio de telefonia e com o monitoramento de diárias. Além disso, devolvi R$ 260 mil ao poder executivo, dos mais de R$700 mil recebidos no início do ano”.
