Promotor de Sapiranga pede bloqueio de bens de Corinha e Renato Molling

Sapiranga – O Ministério Público Estadual pediu o bloqueio dos bens do ex-prefeito, ex-deputado, e atualmente candidato a deputado federal Renato Molling, e de sua esposa a ex-prefeita de Sapiranga Corinha Molling (ambos do Progressistas). O motivo é uma ação que tramita no Núcleo de Justiça 4.0 de Proteção ao Erário Público do Tribunal de Justiça (TJ/RS).

 

O processo denuncia o casal por suposta prática de enriquecimento ilícito. Eles teriam exigido supostas vantagens para facilitar a liberação de um loteamento popular de uma cooperativa habitacional, em Sapiranga. No período, entre os anos de 2013 e 2016, Corinha exercia cargo de prefeita e Renato o de deputado federal. A densa investigação já possui seis volumes e cita outros membros da família. A denúncia aponta que Corinha e Renato exigiram terrenos da área do loteamento em troca de celeridade na liberação do empreendimento imobiliário.

Promotoria de Sapiranga fala sobre o caso

O Grupo Repercussão cobrou um posicionamento da Promotoria de Justiça de Sapiranga na tarde da quinta-feira (22). Em nota, a assessoria deu a seguinte versão para os fatos: “A Promotoria de Justiça ajuizou a ação nº 5008415-48.2022.8.21.0132, ora em tramitação no Núcleo de Justiça 4.0 de Proteção ao Erário Público, por ato de improbidade administrativa. Assina os pedidos o promotor de Justiça de Sapiranga, Michael Schneider Flach”.

Renato Molling contrapõe

Na manhã desta sexta-feira (23), o ex-prefeito e ex-deputado contatou a redação e deu o seguinte contraponto. “Ainda não fomos notificados dessa decisão. Não há nada de irregular neste negócio, que foi efetivado, em 2013. O contrato é regular e não tem um centavo da prefeitura envolvido nisso. O que eu estranho é que sempre perto das campanhas eleitorais surgem ataques e teorias contra nós. Me espanto, também, com o Ministério Público local, que no período da pandemia, estava sempre fechado. Agora, eventualmente, quem é agente público, pode ter algum processo administrativo. Mas, quem não trabalha pelo bem da sociedade, aí sim, não sofre processos. Quero registrar, também, que a Corinha nem sabe onde fica esse loteamento habitacional. Isso é uma denúncia e um depoimento de quem não quer pagar o que deve ao loteador. Nos nossos mandatos, a lei sempre foi cumprida e podem perguntar para qualquer empresário do setor. Se algum prefeito(a) puder fazer acelerar empreendimentos que vão reverter em impostos, tem que acelerar, mas cumprindo a lei. E, tenho certeza, que nenhum técnico da prefeitura fez nada de errado nesse período. Eu mesmo possuo um loteamento e nunca consegui regularizar, mas porque eu faço tudo dentro da lei. É estranho que sempre perto das eleições, gente invejosa, que nunca fez nada por Sapiranga, solta esses fatos tendenciosos”, declarou Renato.