Projeto de iniciativa popular busca adequar salários dos políticos, em Araricá, à realidade

Araricá – Em período da crise do coronavírus, onde as finanças pessoais, das empresas e dos governos de todas as esferas passarão por adequações e ajustes, uma iniciativa pioneira busca enquadrar o salário de todos os integrantes do serviço público (menos os concursados) no âmbito da Prefeitura e da Câmara de Vereadores.

Sem nenhum movimento da classe política arariquense, até o momento, para reduzir o custo da máquina pública, coube a um grupo de cidadãos elaborar um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para reduzir os subsídios de todos os cargos eletivos (prefeito, vice-prefeito e vereadores) além dos cargos políticos (o popular CC), incluindo os atuais 12 secretários, os 17 coordenadores de seção, os 10 diretores de departamento, um chefe de gabinete e demais indicações políticas sem vínculo estatutário. Atualmente, conforme o Portal da Transparência, o município gasta R$ 121.428,35 mensais somente com salários de indicações políticas (secretários, coordenadores de seção, diretores de departamento e demais assessores). Ao ano, são mais de R$ 1.457.140,20 e em quatro anos R$ 5.828.560,80, onde parte deste valor poderia ir para outras áreas prioritárias.

Movimento apresentará lei na câmara

À frente do grupo de moradores está o representante comercial, Marcelo Castro: “Não há ainda movimento dos políticos locais na vontade de reduzir os próprios salários. Queremos separar o joio do trigo e ver quem está comprometido com o povo. Esse movimento resultaria em poupar mais de R$ 1 milhão ao ano”, estima Marcelo.

O que pensam

A proposta de apresentar um projeto de Lei de Iniciativa Popular foi comentada por dois vereadores: “Desafio o autor a doar o salário dele, aí eu faço a doação do meu. É fácil arrotar com o nariz dos outros”, declarou Jurandir Alves. Outro vereador a comentar a proposta foi Olivar Ribeiro dos Santos (MDB): “Tem palavras que motivam, outras não dou mais bola. Em vez de fazer vídeo para arrecadar alimentos…Se ele doar o salário dele, eu doo o meu”.