Prefeitura de Sapiranga e Liga Feminina entram em acordo sobre repasse

Sapiranga – Uma resolução do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, de dezembro de 2010, foi o motivo do impasse entre Prefeitura de Sapiranga e Liga Feminina de Combate ao Câncer (LFCC) nas últimas semanas.  De acordo com a lei federal, os valores repassados por Prefeituras para entidades como a Liga não podem mais ser utilizados para compra de remédios e pagamentos de honorários médicos. 
O caso, que gerou polêmica em parte da comunidade, foi resolvido nesta semana.
“Além dos R$ 60 mil solicitados pela Liga, vamos comprar, através da Secretaria da Saúde, muitos remédios que a entidade necessita. O trabalho destas guerreiras não irá parar jamais se depender de nós. Desde o início das negociações houve a boa vontade nossa em continuar a parceria”, disse a prefeita Corinha Molling.
Profissionais da Saúde ainda ajudarão a Liga em possíveis projetos que a entidade possa se encaixar em verbas do Governo Federal.
Liga presta esclarecimentos
Em contato com o Jornal Repercussão na manhã desta quarta-feira (11), uma representante da Liga Feminina de Combate ao Câncer (LFCC) comentou a polêmica criada. “Sabemos que a Prefeitura foi totalmente favorável desde o início na manutenção da parceria. O que ocorreu foi um ruído de comunicação. Mas agora, já houve entendimento entre ambas as partes e daremos sequência, com a ajuda da Prefeitura, na obtenção dos recursos”, frisou. 
A Liga Feminina de Combate ao Câncer de Sapiranga atende atualmente mais de 800 pacientes. Com sede na Rua Duque de Caxias, nº 48, no Centro, a entidade conta com o apoio de dezenas de voluntárias, que dedicam boa parte do seu tempo de forma gratuita, para ajudar o próximo no combate à doença. 
Tribuna
Ao utilizar a tribuna da Câmara de Vereadores na segunda-feira (9) para falar sobre a polêmica criada com o repasse, o secretário da Saúde de Sapiranga, Emerson Leite, criticou pessoas que distorceram o tema. “Várias pessoas são movidas pelo desejo de falar mal e acabaram distorcendo os fatos, inclusive pela internet. Esses não querem que a Saúde dê certo. Nunca iremos desassistir nenhum paciente com câncer. Em nenhum momento falamos que não daríamos o repasse. Apenas temos que nos adequar a uma lei, pois se isso não ocorrer, podemos ser cobrados pelo Poder Judiciário. O trabalho que essas voluntárias prestam para a Liga é insubstituível. A partir de agora, inclusive, assumiremos ainda mais responsabilidades, que deveriam ser do Governo do Estado, como a compra de morfina”, frisou Leite. secretário.