Prefeito Flávio Jost destaca empenho da sua equipe para Nova Hartz avançar

Jornal Repercussão – Anteriormente, ocorria a Kolonie Hartz Fest, agora, é a Dezemberfest. O que pesou para essa mudança?
Flávio Jost – Promover a Kolonie, em Julho, nos moldes que vinha ocorrendo, era inviável. Essa estrutura era caríssima, sem contar ainda as atrações musicais. Tudo ficava muito oneroso para ter ela em uma época de frio e chuva, onde as pessoas hesitam em sair de casa. Na verdade, o principal motivo da mudança foi esse. Por julho ser frio e não ser atrativo para festejar. O segundo motivo é o aniversário do Município, que é comemorado em 2 de dezembro. E nada melhor do que comemorar o aniversário em uma festa, que a partir de agora, se tornará uma festa tradicional da cidade. A Dezemberfest surge com a ideia de resgatar as origens, trazer de volta o típico alemão. Nossa intenção ainda é trazer de volta o Kerb, que não ocorre há tempo em Nova Hartz. É importante ressaltar que a Kolonie não foi extinta. Nos outros anos ela irá acontecer, porém, em outros moldes. Vamos seguir uma outra linha. Queremos uma festa familiar, onde as famílias possam vir e sentir o que é Nova Hartz.

Jornal Repercussão – É tradição os eventos culturais serem promovidos nos Pavilhões de Eventos da Prefeitura. O Município possui algum projeto para construir uma nova opção para apresentações artísticas e culturais?
Flávio Jost – Temos um projeto concluído para construir uma rua coberta, em frente da Praça do Museu. Temos dois deputados que sinalizaram envio de emendas parlamentares para 2018. Desta forma, conseguiremos executar o projeto. O local terá a implantação de toda essa infraestrutura, por meio do Ministério do Turismo. Em sintonia, faremos uma revitalização de toda a Praça do Museu. A ideia é promover atividades culturais, mas também ofertar o espaço para os produtores rurais. A Feira do Livro poderíamos fazer lá na área coberta também. Podemos fazer oficinas de dança, teatro, música, o Domingo na Praça, que atualmente ocorre na Praça do Trabalhador, poderemos fazer lá. Evitaríamos os gastos com estrutura temporária com lona. A ideia é colocar um palco para podermos ter desfile cívico sempre lá. São várias ideias.

Jornal Repercussão – Quem anda pelo Município percebe diversas placas indicativas de obras, além de máquinas e operários qualificando a infraestrutura de ruas. O que está em execução no momento?
Flávio Jost – Em janeiro, assumimos o governo e recebemos um aviso da Caixa Econômica Federal da possibilidade de perdermos quase R$ 750.000,00 em emendas parlamentares (três emendas no total). Essas emendas foram cadastradas de forma correta, porém os projetos não foram apresentados, ou foram apresentados, mas não foram feitas correções necessárias solicitadas pela Caixa. Entramos com essa missão, de fazer o projeto, aprovar o projeto e licitar até a metade de março as seguintes ruas: Travessa Xirú Velho, trecho da Avenida 20 de Setembro, Rua Angico, trecho da Rua Araçá, Rua Érico Veríssimo e trecho da Rua Guilherme Arthur Hartz, no bairro Imigrante. Essas seis ruas tínhamos que fazer projetos de pavimentação, drenagem pluvial e passeio público. Dentro do prazo que a Caixa estipulou, conseguimos aprovar o projeto, licitar e dar início nessas obras entre agosto e setembro. Outra rua que iniciaremos é a Marechal Malé. Trancamos o processo licitatório por orientação da Caixa. Nos foi solicitado a inclusão de uma travessia (ponte) no projeto. A Rua Caí a mesma coisa. Tivemos que aprovar e incluir o projeto de uma ponte e já temos aprovado junto à Caixa, e aguardando processo licitatório. Ainda iniciamos a pavimentação das Ruas Carlos Dorneles, Che Guevara, e mais uma série de ruas do Coopeva. As obras estão andando. Ainda temos a Rua Angra dos Reis, a qual o projeto está na Caixa Econômica Federal, mas essa semana sairá a aprovação. Depois disso, enviaremos para licitação. Outra ação que conquistamos neste ano é o projeto para a construção de uma quadra poliesportiva na futura Escola Pastor Wartenberg. Tínhamos um orçamento inicial de R$ 410.00,00 quando iniciamos a gestão e a contrapartida média de R$ 165.000,00, o que tornava o projeto inviável. Trabalhamos com a Caixa, alteramos características construtivas e reduzimos o tamanho exigido pelo Ministério. Conseguimos ajustar para uma contrapartida mínima de R$ 10 mil. Conseguimos baixar em 150 mil uma contrapartida. Muitas obras não andavam no Município pelo alto valor da contrapartida cadastrada. E o município não tinha condições de pagar a contrapartida e as obras paravam. Outra ação destravada foi a Rua Jasmin, que estava parada há um bom tempo. Agora, vamos retomar a conclusão da Rua Amazonas, que é o trecho que liga na Rua da Bica. Por outro lado, parte do asfaltamento da Rua 2 de Dezembro será licitada no dia 14 de dezembro.

Jornal Repercussão – O problema de abastecimento de água ainda é um grave problema social no município. Qual é a perspectiva para o cidadão neste tema.
Flávio Jost – No Ministério das Cidades, dispomos de R$ 9,3 milhões aprovados para fazer a implantação do reservatório de água (de um milhão de litros) e a rede de distribuição. Porém, este recurso não está disponível por uma série de fatores. Fizemos agendas em Brasília, tentamos desamarrar o projeto com a senadora, Ana Amélia Lemos, com deputados, e não adianta. Temos a informação que dependeria de uma assinatura do ministro das Cidades para a liberação do recurso. Por outro lado, estivemos na semana passada na Corsan. Passaram para nós que quase a totalidade dos contratos igual ao nosso, o ministério está cortando. Temos uma cláusula suspensiva que vai até 31 de dezembro. Ou seja, o governo federal está contingenciando recursos, e tudo indica, que o valor de R$ 9,3 milhões não entrará no orçamento de 2018. Estamos lutando com deputados para manter esse valor.  Paralelamente, mantemos o interesse em firmar uma concessão com a Corsan. O tema, inclusive, foi aprovado pela equipe técnica da Corsan, e já sinalizaram positivamente, que a Corsan tem interesse sim, de fazer a distribuição de água no município. A adutora de Parobé para Nova Hartz está pronta, e agora, o próximo passo é construir o reservatório e começar a distribuir para a cidade. A Corsan tem total interesse. O Município possui um projeto de saneamento básico aprovado, sancionado. O próximo passo que teremos é uma audiência pública no Espaço Cultural. Certamente, iremos marcar no início de janeiro, no máximo, na segunda quinzena de janeiro. Atualmente, o município não tem como dispor de uma equipe técnica de engenharia para acompanhar a parte de expansão de redes de água, de planejamento, de projeto, mais uma equipe técnica para acompanhar essa implantação. Ainda seria necessário maquinário. Sem contar que, hoje, para levar abastecimento de água para todos em Nova Hartz, seriam necessários bem mais do que R$ 9,3 milhões. Calculamos algo em torno de R$ 25 milhões. A solução está mais próxima. Se a Corsan aceitar a concessão, em dois anos, no máximo, teremos água tratada nas torneiras.

Jornal Repercussão – E as escolas em construção? São três prédios diferentes que não foram finalizados. Qual é a situação destes projetos?
Flávio Jost – A escola sob a responsabilidade da MVC – que utiliza método construtivo diferenciado – foi um problema que o governo federal criou aos municípios, e quando estourou o problema, tirou o corpo fora. Agora, o Ministério Público cobrou dos municípios que apresentem alternativas para serem finalizadas as obras. Porém, devido ao método construtivo empregado na obra, não temos como colocar alvenaria (tijolos) em cima, pois daí racham as paredes. Os técnicos estão tentando e buscando alternativas. Mas, as opções possíveis, ou não são normatizados no Brasil, ou o preço não corresponde ao que temos disponível. A escola Pastor Wartemberg, que é a escola do bairro Liberdade, possui uma série de irregularidades apontadas pelo FNDE e que devem ser corrigidas pela empresa responsável. Estamos há meses notificando e conversando com a empresa responsável, mas ela não vem fazendo as correções. Ela insiste que faz parte do processo. Se cancelarmos o contrato hoje, pela porcentagem que ainda falta ser desembolsado, não conseguiremos empresa que finalize pelo valor que tenho à disposição. Então, estamos tentando essa negociação com a empresa, para finalizar e corrigirem o que está errado. É um dinheiro que está parado. A Escola da Vila Nova (ao lado da MVC), a empresa responsável solicitou reequilíbrio financeiro, a qual o município respondeu, e está aguardando o retorno da empresa. A resposta virá até o fim desse ano. Além disso, tem a quadra poliesportiva ao lado dessa escola. Essa obra precisa ser concluída até dezembro e está em andamento. Tivemos problemas com a empresa. Pegamos em 65% de conclusão e teremos que finalizar. Nosso maior problema hoje não são as obras novas iniciadas. São as obras que pegamos e que tivemos que resolver os problemas para dar continuidade nos trabalhos. Ainda temos em andamento a ampliação do Posto de Saúde do bairro Imigrante e a Praça de Campo Vicente.

Jornal Repercussão – Ocorreu muita polêmica no pedido à Câmara de Vereadores para o financiamento de veículos. Como ficou esse tema?
Flávio Jost – Ficará para o primeiro trimestre de 2018. A situação é delicada. Na saúde, temos uma ambulância. Se estragar, pode ficar sem ambulância. A culpa não foi nossa. Desde o início explicamos aos vereadores o projeto. Talvez, os primeiros veículos cheguem no primeiro trimestre do próximo ano.

Jornal Repercussão – Qual a mensagem que o senhor gostaria de deixar para os moradores?
Flávio Jost – Temos um governo transparente e com participação das pessoas. Isso é o que mais importa. Agradecemos a parceria com as indústrias, que têm abraçado esse novo jeito de fazer e governar. Estamos com apoio e aval das empresas da cidade, que nos apoiam na implantação das câmeras de monitoramento e nos eventos. Valorizamos o apoio das empresas Via Marte, Sandra, Ramarim e Cipatex, que são do Município, além da Indutex, de Três Coroas, que nos deram condições para realizar essa festa. A perspectiva é boa, e apesar da crise, o município vai progredir e muito por causa dessa relação de credibilidade que temos com as empresas que estão nos apoiando. Estamos de mãos dadas com a iniciativa privada e com a população.