PMDB estadual analisa pedido de anulação da convenção municipal em Campo Bom

Campo Bom – O episódio da convenção municipal do PMDB em Campo Bom terá desfecho até a próxima segunda-feira (25). Tanto o lado vencedor da convenção quanto o perdedor procuraram a Executiva Estadual do PMDB e apresentaram suas teses. O lado vencedor, óbvio, quer manter a vitória de Francisco dos Santos Silva (o Chico). Por outro lado, as lideranças peemedebistas capitaneadas pelo atual secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes, buscam invalidar a convenção realizada na quarta-feira (20), na qual o candidato Paulo Tigre perdeu por três votos (25 a 22, pró-Chico).

Conforme a assessoria de imprensa do PMDB do Rio Grande do Sul, o departamento jurídico analisa as argumentações, e na próxima segunda-feira (25) será definido se a convenção realizada nesta semana tem ou não validade.

O prazo máximo para a realização das convenções partidárias (estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral/TSE) encerra em 5 de agosto. Caso seja necessário promover uma nova convenção municipal do PMDB, obrigatoriamente, é preciso publicar um edital chamando nova convenção, oito dias antes. Sendo assim, o prazo máximo para a convocação de nova disputa interna no PMDB é o dia 26 de julho. O registro das candidaturas devem ser apresentadas, no Cartório Eleitoral de Campo Bom, até às 19 horas do dia 15 de agosto.

Entenda a disputa interna do PMDB de Campo Bom
O PMDB campo-bonense está dividido em duas alas: a ala liderada pelo prefeito Faisal Karam e a ala liderada por Giovani Feltes. Na quarta-feira (20), o PMDB de Campo Bom realizou sua convenção. Antes da eleição interna, eram cinco os candidatos. Na ala do prefeito, Faisal Karam, o candidato foi Francisco dos Santos Silva. Na outra ponta, estavam Jair Reinheimer, Paulo Gomes, Maximiliano de Souza e Paulo Tigre (estes dois últimos, vereadores). Em um acordo, Max e Jair abriram mão da candidatura em apoio à Paulo Tigre.

O ponto de discórdia entre o lado perdedor e o vencedor está na numeração (feita a caneta e de forma improvisada) nas cédulas de votação entregues aos 33 convencionais membros da Executiva Municipal com direito a voto. O lado vencedor (e que controlou todo o processo da eleição) diz que a inserção dos números foi adotado para dar mais rigidez ao processo. O lado perdedor argumenta que a prática é ilegal, implica em quebra de sigilo de voto e serviria para amedrontar filiados que não votaram na candidatura de Francisco dos Santos Silva.

Após o processo, indicação política feita pelo atual vereador Paulo Tigre acabou exonerada do cargo de chefe de gabinete do prefeito, Faisal Karam. Dina de Azevedo, que era assessora de Paulo Tigre, acabou afastada menos de 24 horas após a convenção interna do PMDB de Campo Bom. Nos bastidores, o acordado era que Paulo Tigre abrisse mão da candidatura na convenção, fato este que não se concretizou.