Série | Reportagens mostram o que pensam os vereadores eleitos
Região – A apresentação dos vereadores eleitos no pleito de outubro segue no Jornal Repercussão. Desta vez, as lideranças que ganham destaque são pessoas que já conhecem o andamento das câmaras municipais. Todos eles (Pedro Becker, Jair Wingert, Pedro Soares Oliveira e Egon Kirchheim) são vereadores que já foram eleitos em outras eleições, ou seja, são experientes e sabem como funciona a máquina pública.
Em Araricá, Pedrinho Becker, do PP, vai para o seu segundo mandato como vereador. “Vou fazer um trabalho de fiscalização, que é o trabalho do vereador”, comenta. Aliás, Pedrinho diz que vai honrar o seu mandato e não pretende ser secretário no governo do prefeito eleito, Flávio Foss (PP).
Jair Wingert (PP) vai para o seu segundo mandato como vereador. Apesar de estar enfrentando um processo de impugnação da sua candidatura, Jair está confiante de que estará na posse, no dia 1º de janeiro. “Defenderei propostas para gerar emprego e o pleno desenvolvimento. Sou contra o aumento de impostos”.
Chegou a vez de conhecer os candidatos que obtiveram a sexta maior votação
6º mais votado em Araricá: Pedrinho Becker (PP). Votos: 136
“Serei vereador. Fui eleito para isso e não vou trair o eleitor”. Eleito para o segundo mandato, Pedro Becker, o Pedrinho – que foi secretário de Obras e de Agricultura nos governos do prefeito eleito, Flávio Foss – garante que cumprirá o seu mandato. “Sou envolvido na política há mais de 20 anos. Fundei o CTG Coxilha de Araricá com mais um amigo e sempre participei das campanhas. Vou fazer um trabalho de fiscalização que é o trabalho do vereador”, explica Pedrinho. Na avaliação do vereador eleito o Município tem deixado a desejar em áreas fundamentais. “A Secretaria de Obras foi mal conduzida. As bocas de lobo estão todas entupidas e não receberam manutenção. O mesmo aconteceu com as Estações de Tratamento de Esgoto. Araricá, que é uma cidade pequena, chegou a ter quase 30% do seu esgoto tratado. Mas, como não houve manutenção destas estações, elas não funcionam corretamente”, avalia. Pedro comenta ainda que estará sempre à disposição da comunidade e que atuará para encontrar soluções às necessidades dos moradores.
6º mais votado em Campo Bom: Jair Wingert (PMDB). Votos: 1.229
A campanha eleitoral do vereador eleito, Jair Wingert, foi uma das mais econômicas em todo o Vale do Sinos. Durante a divulgação da sua candidatura gastou pouco mais de R$ 7 mil reais. “Do meu bolso, desembolsei apenas R$ 950,00. O restante – cerca de R$ 6.250,00 – foram doações da coligação com o PMDB e o PP”, pondera. Wingert (que vai para o seu segundo mandato) garante que vai ampliar os gabinetes nos bairros e convocará o conselho consultivo do mandato a cada dois meses. “Tenho um conselho de 16 pessoas da sociedade que costumo reunir periodicamente. Neste momento, fizemos uma autocrítica da minha atuação”, comenta. Jair também atuará na defesa da saúde da mulher e dos empresários, especialmente, aqueles da área calçadista e metalmecânica. “Defenderei propostas para gerar emprego e o pleno desenvolvimento. Sou contra o aumento de impostos”, refuta Jair. Sobre o futuro governo do prefeito eleito, Luciano Orsi (PDT), Jair pondera. “Vou dizer para ele no dia 1º de janeiro o que eu disse para o Faisal quatro anos atrás. Não faço política do quanto pior melhor. Meu lema é quanto melhor, melhor”.
6º mais votado em Nova Hartz: Pedro Soares Oliveira (PSC). Votos: 356
Liderança ligada ao meio religioso, Pedro Soares Oliveira, conseguiu a sua reeleição no pleito de outubro. “Trabalhei muito e fiz diversas visitas com minha comissão, que contribui com a minha campanha. Adotamos uma linguagem e seguimos até o fim. Meu trabalho atual de vereador é pautado na defesa da segurança pública e na assistência social. Agora, precisamos esquecer as siglas, os palanques da eleição e atuar na defesa do desenvolvimento do Município”, contextualiza Pedro. Pedro avalia que a sua atuação – mesmo que tenha integrado uma coligação opositora ao grupo que venceu a eleição – não será pautado na disputa ou revanchismo. “Não trabalho dessa forma. Na política, temos que defender projetos. Vou lutar para que a vida das pessoas melhore, que elas tenham uma remuneração salarial maior e que tenham uma alegria de viver no Município. Temos que trabalhar em conjunto para que cheguemos no objetivo que é a mudança”, pondera Pedro.
6º mais votado em Sapiranga: Egon Kirchheim (PT). Votos: 1.120
O vereador Egon Kirchheim é sinônimo de votação expressiva dentro do PT de Sapiranga. Nas eleições em que concorreu (em 2000, 2004 e 2008) obteve as maiores votações entre seus colegas de partido. A exceção foi, justamente, na eleição de 2012, onde o PT em nível nacional sofreu muito desgaste. Mesmo assim, Egon comprovou que é bom de voto. Sua trajetória política começou no ano 2000. Naquela eleição, com um PT em expansão no Município, foi o sétimo vereador mais votado naquele ano com 744 votos, sendo o único do partido a ser eleito. A comprovação do carisma de Egon foi reafirmado em 2004 com a sua reeleição para a Câmara de Vereadores: foram 1.718 votos, obtendo mais uma vez a maior votação entre os seus colegas de partido. Na eleição de 2008 – na qual Nelson Spolaor foi eleito prefeito – Egon, novamente, obteve expressiva votação: fez 2.182, sendo o mais votado no Município. A partir das vitórias do PT em Novo Hamburgo, Egon Kirchheim compôs o secretariado do ex-prefeito, Tarcísio Zimmermann e de Luis Lauermann. Agora, na eleição de 2016, obteve 1.120 votos, conquistando o quarto mandato.
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