Sapiranga – O vereador Alessandro Mello (PP), em sua primeira manifestação na tribuna da Câmara de Vereadores, na tarde da última terça-feira, 2, classificou como descabíveis e sem fundamento, as denúncias contra ele.
Esta foi a primeira vez em que o Progressista falou sobre o caso durante a sessão da Legislativo. O posicionamento vem ao encontro da avaliação do advogado de defesa, o criminalista Rafael Noronha, ouvido pelo Jornal Repercussão na edição anterior.
Na semana passada, quieto, o parlamentar não fez uso da palavra. Mello entende que não há um embasamento legal para a denúncia de quebra de decoro parlamentar e que as condutas dele não ofendem a Câmara de Vereadores. Ainda usou as expressões jogada política e cunho de má fé.
Já por outro lado, o vereador Sandro Seixas (DEM), responsável pela denúncia junto a Corregedoria da Câmara, defendeu seu próprio posicionamento negando qualquer tipo de desrespeito ou oportunismo com o pedido elaborado a partir do inquérito policial da Delegacia de Sapiranga.
Votação deverá ser dia 16
O parecer do corregedor, Leonardo Braga (PSDB), deverá ser lido na sessão do próximo dia 9. “Será apresentado o acolhimento da denúncia de quebra de decorro parlamentar para que os colegas vereadores votem. Caso seja aceito será votado na semana seguinte, dia 16”, disse. A Presidente da Câmara não vota. E segundo Braga, em caso de empate, o caso será arquivado. A prisão do vereador ocorreu após ser flagrado negociando um revólver com registro de perda, no dia 13, no bairro Amaral Ribeiro.
Eles falaram sobre o caso
Alessandro de Mello, PP
“Minhas condutas não ofendem a Câmara Municipal. Não há ofensa ao regime interno, a Lei Orgânica, ainda também nem a Constituição Federal. Fica nítido que não há embasamento legal para recebimento da denúncia. Não há conduta compatível ao decoro paralmentar ou ofensa a imagem da Câmara.”
Egon Kirchheim, PT
“Espero que esta Casa aqui, não faça o mesmo que fizeram com o Lula. Espero que possam friamente analisar todos os fatos e se debruçar sobre a lei, para que não se estupre a lei, assim como fizeram com o Lula. Debatemos muito, eu e tu (Alessandro), mas jamais vou pisar alguém pelo debate político.”
Sandro Seixas, DEM
“Em nenhum momento eu lhe desrespeitei. É muito bom ver sua ciência quanto ao processo de defesa, mas deveria ter pensando antes no que resultou em flagrante. Não estamos falando de suposições, mas de fatos, isso não é oportunismo. É meu dever defender e tratar nossa Casa, como uma casa séria.”
Texto: Fábio Radke
Foto: Câmara de Vereadores