“Flávio Foss: tu não tem colhão”, dispara Jô Lima após demissões de terceirizada

Vereadora Mari Dapper usou seu espaço na tribuna para expor os detalhes do contrato Foto: Reprodução/ Câmara YouTube

Araricá – A Câmara de Vereadores em Araricá retomou as sessões no Plenário na segunda-feira (6). Com a abertura do Legislativo em 2023, alguns temas polêmicos e que reverberaram na cidade no início deste ano foram tratados.

 

Ainda em 2022, o Executivo arariquense contratou uma empresa terceirizada para serviços gerais na cidade, como auxiliares em obras civis, jardinagem, zeladoria e outros. O ato foi apresentado em caráter emergencial para a prestação de serviço, e inicialmente não foi tema de discussões na Câmara.

A contratação proporcionava 72 novas vagas de emprego nos setores indicados e gerava um custo mensal superior a R$ 278 mil. Porém, no início deste ano, algumas demissões aconteceram e os motivos passaram a ser questionados no município.

O assunto foi apresentado pelas vereadoras Mari Dapper (União Brasil), Jordana de Lima (Republicanos) e a presidente da Casa no ano de 2022, Janice Machado (MDB). Através de imagens que descrevem o formato do contrato, as vereadoras apontaram que o mesmo possuía prazo de vencimento, e que os contratados estavam em processo de término do período emergencial, por isso não iriam prosseguir prestando os serviços ao município. Ainda no documento, a possibilidade de prorrogação por 30 dias estava prevista, mas com um limite total de até 180 dias, o que expirou neste mês de fevereiro para março.

Tudo previsto em contrato

Em seu pronunciamento, a vereadora Mari Dapper explanou que não teve qualquer participação nas demissões em massa. “Em novembro, renovou mais 30 dias, em dezembro, mais 30, janeiro e fevereiro. Foi renovado sexta-feira (2), o último prazo. Termina o prazo, não tem nada a ver com ‘vereador demitiu’. Então, dia 04/03 esse contrato não existe mais, e quem estava para ser demitido, foi. Não tem mágica, não tem mistério. Está lá no Portal (da Transparência), qualquer um pode ir acessar”.

Revolta com a culpa e ameaças sofridas

No Plenário, ameaças e o apontamento da culpa também foram citados. Jordana de Lima também se defendeu sobre o tema. “É até vergonhoso, onde não cabe a ele (prefeito), porque o prefeito não contratou, vimos que foi com uma terceirizada. Chamar os funcionários para fazer ‘fake news’, fofoca, não ter ‘colhão’. Flávio Foss: tu não tem colhão para assumir as suas decisões perante os teus funcionários. Que vergonha não ter colhão para assumir as tuas responsabilidades. Só cabe a ti, Flávio Foss, e a mais ninguém”.

A vereadora Janice Machado também se pronunciou. “Era uma terceirizada, não era no gabinete que as pessoas teriam que ser demitidas. Dentro do gabinete, para minha surpresa, houve a demissão e usaram meu nome, porque tinha na Casa um pedido de informação meu. Muito de mal gosto”, comentou Janice.