Campo Bom – Mais uma vez a convenção do PMDB de Campo Bom foi tumultuada. Na noite desta quarta-feira (3), em votação ocorrida no diretório da sigla (foto), os partidários peemedebistas com direito a voto definiram: Chico Santos representará o partido como candidato à prefeito do partido em Campo Bom. Ele venceu o seu adversário por 27 a 20 votos.
A primeira convenção, que ocorreu no dia 20/07, e havia declarado Chico Santos, o Chiquinho, como o candidato a prefeito do partido nas eleições, acabou anulada pela Executiva Estadual do PMDB na segunda-feira (25). Os partidários peemedebistas a nível de Estado obrigaram o presidente do PMDB de Campo Bom, Alex Faria, a convocar uma nova convenção (ocorrida nesta quarta-feira).
Entenda o motivo da convocação da nova convenção
PMDB campo-bonense está dividido em duas alas: a ala liderada pelo prefeito Faisal Karam e a ala liderada por Giovani Feltes. Na quarta-feira (20), o PMDB de Campo Bom realizou sua convenção. Antes da eleição interna, eram cinco os candidatos. Na ala do prefeito, Faisal Karam, o candidato foi Francisco dos Santos Silva. Na outra ponta, estavam Jair Reinheimer, Paulo Gomes, Maximiliano de Souza e Paulo Tigre (estes dois últimos, vereadores). Em um acordo, Max e Jair abriram mão da candidatura em apoio à Paulo Tigre.
O ponto de discórdia entre o lado perdedor da primeira convenção (o de Paulo Tigre) e o vencedor (de Chiquinho) estava na numeração (feita a caneta e de forma improvisada) nas cédulas de votação entregues aos 33 convencionais membros da Executiva Municipal com direito a voto. O lado vencedor (e que controlou todo o processo da eleição) disse que a inserção dos números foi adotada para dar mais rigidez ao processo. O lado perdedor argumentou que a prática é ilegal, implicou em quebra de sigilo de voto e serviria para amedrontar filiados que não votaram na candidatura de Francisco dos Santos Silva.
Após o processo, indicação política feita pelo atual vereador Paulo Tigre acabou exonerada do cargo de chefe de gabinete do prefeito, Faisal Karam. Dina de Azevedo, que era assessora de Paulo Tigre, acabou afastada menos de 24 horas após a primeira convenção interna do PMDB de Campo Bom. Nos bastidores, o acordado era que Paulo Tigre abrisse mão da candidatura na convenção, fato este que não se concretizou.