Região – Ao lado, o leitor pode conferir como os deputados eleitos atuarão nos próximos quatro anos na Câmara dos Deputados, em Brasília (Renato Molling, PP e Giovani Feltes, PMDB), e na Assembleia Legislativa (Fixinha, PP, Lucas Redecker, PSDB e Tarcísio Zimmermann, PT). Mas, afinal, quais as funções dos deputados?
Os deputados federais têm como principais funções a proposição, discussão e aprovação de leis. Mas, antes das leis serem aprovadas, elas precisam passar também pelo Senado, no caso das propostas de Emenda à Constituição (PEC), por exemplo. Também cabe aos deputados federais, proporem emendas parlamentares para a realização de ações, projetos e obras nos municípios.
Compete aos deputados estaduais propor e aprovar leis, instituir tributos estaduais, fixar salário do governador, salário do deputado e contribuir na organização regimental de instituições como as polícias e Ministério Público. Diferente do deputado federal.
Para atuar como deputados federais, Renato Molling e Giovani Feltes receberão dos contribuintes um salário bruto de R$ 26.723,13, auxílio-moradia de três mil reais e podem contratar até 25 funcionários, sem concurso público.
No RS
Os deputados estaduais eleitos na eleição de outubro receberão, cada um, R$ 20.042,34 mensais. O valor sofre desconto do Imposto de Renda (IR), que supera os 5 mil reais.
Além do salário, cada deputado estadual tem direito a uma cota de aproximadamente R$ 16.690,00 para gastos com contas de consumo. Ainda, possuem direito a contratar de 9 a 15 CCs.
João Fischer (Fixinha – PP)
Uma das bandeiras do candidato será a defesa do setor produtivo e dos trabalhadores, especialmente, para que as empresas voltem a ter lucratividade. “Não podemos ter tanto custo para produzir”, comenta. O deputado defende ainda o debate aprofundado dos hospitais da região conquistarem credenciamento em especialidades com grande procura, como a traumatologia, pediatria e oncologia. “Para isso, é necessário pagar melhor as instituições de saúde”, cobra. Na segurança, Fixinha cobrará do futuro governo ações integradas das policias e entidades.
Lucas Redecker (PSDB)
O deputado criticou o não cumprimento da lei que determina a utilização dos 12% em saúde pelo atual governo e disse que essa será uma de suas bandeiras. Lucas disse ainda que é necessário regionalizar a saúde. “Precisamos acabar com essa história de ônibus e vans das prefeituras se dirigirem para a Capital em busca das especialidades. Precisamos de um centro regional no Vale do Sinos e é por isso que vou lutar”, assegurou. Na área da infraestrutura, o deputado reeleito disse que cobrará a construção imediata da ponte na av. dos Municípios, entre Campo Bom e Novo Hamburgo. “Passaram dois governos do PT e nada avançou, mostrando a incompetência do governo”, cita.
Tarcísio zimmermann (PT)
Em seu primeiro mandato como deputado estadual, Tarcísio disse que é necessário observar os problemas de abastecimento que ocorrem em outros estados e buscar soluções para a Região Metropolitana não enfrentar o mesmo problema. “O tema da reservação de água precisa ser enfrentado. Se tivéssemos uma prolongada estiagem também estaríamos sem água”, acredita. Na área de desenvolvimento econômico e educacional, Tarcísio diz que o seu mandato atuará pela implantação da Universidade Federal dos Vales (UniVales). “Qualquer país desenvolvido tem mais de 50% dos jovens nas universidades. O Brasil tem apenas 12%. Precisamos elevar este índice”, defende.
Renato Molling (PP)
Reeleito deputado federal, Molling tem entre suas principais bandeiras no Congresso Nacional em Brasília, a unificação das eleições para governador, presidente e prefeitos. “Não podemos paralisar o Brasil de dois em dois anos”, comenta. Ainda no âmbito da reforma política, o deputado defende o voto distrital. “Assim o deputado poderá se dedicar inteiramente ao trabalho para sua região e as conquistas obtidas pelo deputado ficarão mais fáceis de serem entendidas pelos seus eleitores”, destaca. Molling ainda garante que vai trabalhar da mesma forma para levar avanços aos municípios.
Giovani Feltes (PMDB)
Há quase 40 anos ocupando cargos públicos, Giovani Feltes pretende defender, agora, em Brasília, assuntos de grande impacto para os moradores dos vales do Sinos, Caí e Paranhana. “Lutaremos por ações que gerem empregos e também para que possamos superarmos os gargalos logísticos existentes na nossa região”, conta. Feltes disse que vai atuar para que a RS-010 saia do papel e também se diz favorável ao projeto do hospital regional ou do pronto socorro ao longo da RS-239. “É necessário ainda criar condições para que possamos fazer uma reforma tributária, com uma nova pactuação entre Estados e a União, desejo antigo do setor empresarial”, conclui.
