Deputados estaduais com atuação na região avaliam seus mandatos

Dois anos | Momento do Estado e atuação na AL são autoavaliados

Região – Os deputados estaduais chegam na metade de seus mandatos neste ano. E para destacar a atuação das lideranças que foram escolhidas pelos eleitores aqui da região (Araricá, Campo Bom, Nova Hartz e Sapiranga) o Jornal Repercussão abre espaço para que cada um dos deputados eleitos faça uma breve análise do mandato e da situação do Rio Grande do Sul.

Durante o mês de fevereiro, a reportagem entrou em contato com mais de uma dezena de deputados e a partir desta edição, publica as considerações dos que foram os mais votados por aqui. Nesta primeira rodada ganham espaço os deputados João Fischer (do PP, que fez 11.376 votos nos quatro municípios), Tarcísio Zimmermann (do PT, que fez 2.084 votos nas quatro cidades), Enio Bacci (do PDT, que fez 946 votos) e Adilson Troca (do PSDB, que fez 514 votos).

Ainda receberão a chance de destacar a sua atuação parlamentar outros deputados estaduais, como: Gabriel Souza (PMDB), Manuela D’Ávila (PC do B), Edegar Pretto (PT), Nelsinho Metalúrgico (PT), Gerson Borba (PP) e Lucas Redecker (PSDB).

Resumo

Fixinha destaca as melhorias nas rodovias estaduais e sua atuação na área da saúde e na defesa da indústria. Tarcísio mostra preocupação com as ações do governo Sartori. Bacci cita a falta de prioridades do atual governo e destaca os 30 projetos de lei apresentados. Troca cita a resolução dos problemas regionais.

Deputados estaduais eleitos em 2014 avaliam momento do RS e suas atuações

João Fischer – Fixinha (PP). Votos: 11.376 na região
Apesar da crise financeira que atinge nosso País e, em especial o Rio Grande do Sul, há muito para comemorar nestes dois primeiros anos de mandato, seja na atuação junto às nossas comunidades da região ou pela Frente Parlamentar em Defesa da Indústria e da geração de Empregos. Neste sentido, destaco o trabalho por melhorias nas rodovias estaduais, de modo particular na RS-239, com recuperação e sinalização de trechos importantes, construção de melhores acessos às cidades e investimentos pesados em melhoria da infraestrutura nas RS-020 e 115, quando as rodovias chegaram a ser interrompidas em virtude de rachaduras. Na Saúde, o credenciamento da UTI do Hospital de Campo Bom, a abertura da UTI Neonatal em Sapiranga, já aprovada pelo Estado e em fase de credenciamento do processo no Ministério da Saúde, e a habilitação da oncologia do Hospital de Taquara, são conquistas que garantem maior qualidade de vida para nossa gente. Da mesma forma, sigo trabalhando na defesa da geração de emprego e renda. Destaco neste período a prorrogação do imposto reduzido (ICMS) ao setor calçadista; a retirada da urgência do projeto de lei que trata dos créditos presumidos às empresas; avanços para os setores moveleiro, máquinas e alimentos, entre outras medidas que tiveram minha atuação direta, na defesa do setor produtivo.

Tarcísio Zimmermann (PT). Votos: 2.084 na região
O Governo Sartori caminha para um Estado cada vez mais mínimo. O discurso da crise sustenta o desmonte das estruturas públicas, com resultados trágicos. Criminalidade absurda, sucateamento da saúde e da educação, arrocho e parcelamento de salários dos servidores, extinção de fundações e venda de patrimônio estatal. Na prática, sepulta o futuro do Rio Grande, porque não existe nenhuma medida para estimular o desenvolvimento e garantir mais dignidade à população. Nosso mandato trabalha para esclarecer a real situação do Estado. Por que o Governo Sartori não cobra do Governo Federal o ressarcimento das perdas da Lei Kandir? Hoje, a dívida do RS com a União chega a R$ 51,6 bilhões, mas o Estado teria a receber R$ 43,4 bilhões. Por que a concordância com a venda do Banrisul, da CEEE e até da Corsan? A resposta é simples: esse é um desejo antigo do PMDB. Em comparação com 2015, Sartori reduziu ainda mais os investimentos em educação (-11,2%), segurança (-6,3%), e saúde (-5%). Por isso, denunciamos os cortes nessas áreas prioritárias. Também lutamos contra o fim da aposentadoria por tempo de contribuição. Se a proposta de Temer for aprovada, aposentadoria só aos 65 anos para homens e mulheres e 49 anos pagando o INSS para receber o benefício integral. A hora é de união e resistência em defesa de direitos históricos.

Enio Bacci (PDT). Votos: 946 na região
Depois de 5 mandatos em Brasília, estou pela primeira vez como deputado estadual. A experiência tem sido boa, nestes dois anos pude vivenciar mais de perto a realidade do nosso Estado e ter um contato mais direto com os eleitores. Diferente de Brasília, aqui temos um dinamismo melhor e as ações são mais rápidas e eficientes. Temos mais de 30 projetos de lei apresentados, dos quais a maioria é voltada para área da segurança pública. Em relação ao governo Sartori, percebemos que infelizmente não se elencou prioridades. Segurança e saúde são as maiores mazelas do nosso Estado e não vemos ações eficientes para enfrentar essa situação. Segurança pública precisa de investimento, precisa de prioridade e estratégia. Estamos mergulhados em uma onda de criminalidade e hoje os cidadãos de bem é que se sentem presos nas suas próprias casas.

Adilson Troca (Psdb). Votos: 514 na região
A política em todo país passa por um momento de mudanças. Desde os municípios até a União, passando pelos Estado, o momento é de crise financeira. A superação deste cenário demanda atitudes corajosas, firmeza e competência para apontar novos caminhos. Nestes primeiros dois anos deste mandato, pude presidir a Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, onde abrimos espaço para diversos debates e audiências, sempre com foco em contribuir com soluções para os problemas do Rio Grande do Sul. Temos trabalhado muito via gabinete para contribuir com as demandas regionais, que nos chegam através de vereadores, prefeitos e da própria comunidade. Acredito que em tempos de crise as soluções estejam no coletivo, e esta tem sido a marca do meu trabalho. No que diz respeito ao Governo do Estado, entendemos que o Governador recebeu um Estado quebrado, com dificuldades em diversos setores, até mesmo atrasando salários por falta de recursos. Acreditamos que ele esteja tomando as medidas que julga corretas, mas as alterações propostas sempre geram dificuldades iniciais com alguns setores. Ainda sim, entendemos que as medidas de contenção de despesas sejam o caminho certo para retomar a capacidade de investir e criar melhorias para os gaúchos.