Corinha encaminha fim do mandato em Sapiranga e diz que se sente com a missão cumprida

Repercussão – Ações da sua administração ecoam, positivamente, em outros municípios. Em Rolante, o presidente da Câmara de Vereadores, em recente entrevista ao Grupo Repercussão, elogiou a iluminação LED na RS-239. Como foi viabilizar uma ação que reflete de forma positiva em outros municípios? Além disso, iniciaram as obras da segunda passarela. Como se sente? Dever cumprido.

Corinha Molling – A iluminação da RS-239 era de extrema urgência e necessidade. Ninguém quer perder um ente da família em uma morte súbita. E a RS-239 é um perigo para todas as idades, sejam pessoas adultas, terceira idade, crianças. O perigo constante. Além do perigo à noite das pessoas que saem ou se dirigem ao trabalho, estudantes e sem contar eventualidades como assalto. Então, foi uma decisão e uma determinação minha, como gestora desse município.Decidi iluminar a RS-239, no nosso trecho que é quase sete quilômetros, já que o Estado não faz. As pessoas, eu sentia, essa tristeza e essa mágoa, de ver as pessoas chorando quando um acidente acontecia ali, e foi uma questão de determinação, de “nós vamos fazer”. Então, eu conversei com a secretária da Fazenda, e é lógico que a secretária da Fazenda foi atrás de verbas e descobriu que pelo fundo da Iluminação Pública, da taxinha que todos pagam um valor mensalmente, não poderíamos levar para o canteiro central da RS-239. Poderíamos iluminar as laterais. E foi o que fizemos. As passarelas é uma longa história, que já vinha desde a época em que o Renato foi prefeito em Sapiranga, da urgência de três passarelas. Uma na Polícia Rodoviária, outra perto do Centro de Cultura, e outra na Calçados Beira Rio. Bom, a nossa conquista, primeiramente, foi um dos trechos onde ocorre mais acidentes que é ali pertinho da PRE, no bairro Vila Irma. E muitas vezes na nossa gestão, desde o primeiro mês do nosso governo, já fomos atrás da EGR, do setor de engenharia. Muitas vezes o deputado Renato me acompanhava na EGR, com o setor de engenharia, algumas discussões, e algumas tristezas, pois sabíamos da urgência. O mínimo que se cobra do pedágio e é uma obrigação do Estado colocar as passarelas. O mínimo que se cobra é a passarela para passar com tranquilidade pela rodovia. Agora, estão aí as obras. Depois fizemos um movimento na Câmara de Vereadores, através do vereador Adriano, e algumas pessoas trancaram e sem dano algum ao trânsito da rodovia. Chamando a atenção das autoridades do governo do Estado, pois vários governos se passaram e várias promessas, mas agora, a promessa está sendo cumprida. E logo em seguida, e tenho fé e boto fé, que vai sair ser concluída na Calçados Beira Rio a segunda passarela. Assim, a passarela, cada dia que passa, está aparecendo mais na rodovia e com certeza, vai estar beneficiando a comunidade sapiranguense e para visitantes também

Repercussão – Qual é a principal mudança, lá de 2013, para o ano de 2020, e a realização que a senhora mais tem orgulho de ter liderado?
Corinha – Olha, manter uma qualidade muito boa, pode-se dizer excelente na saúde e na educação. Não deixamos faltar nada para as nossas crianças, para os nossos adolescentes e para os nossos professores. E, uma delas, ter o orgulho e a honra de poder pagar os funcionários sempre em dia, não dever nada para fornecedor nenhum. Sapiranga, após a licitação, chegando a mercadoria, em 15 dias os fornecedores estão recebendo. Quitamos tudo à vista, não parcelamos nada. Tenho orgulho também dessas grandes obras nessas ruas, avenidas. Essas estradas são fundamentais para o desenvolvimento do município.

Repercussão – Alguns temas são pertinentes ao cidadão, aquele que acorda cedo e constrói Sapiranga. Um deles, é o transporte público. Algumas licitações por razões diferentes, acabaram não se concretizando. Fica uma frustração, prefeita?
Corinha – É o que eu iria dizer. Saliento que nenhum gestor faz uma bela administração se não tiver funcionários capacitados e competentes. O que acontece e falei dos meus orgulhos. E, realmente, sem medo, é uma grande tristeza não poder até então deixar o cidadão feliz com um transporte coletivo de qualidade. Quando eu digo até agora é porque estamos batalhando muito sobre isso. Foram feitos, se não me engano, dois editais, e restaram frustrados, pois as empresas não vieram. Acontece que existem uma série de exigências e algumas delas as empresas julgaram não poder corresponder e nem entraram no edital. E nós precisamos de um transporte com qualidade e tem que ter, hoje, acesso para todas as pessoas, tem que ser confortável. E uma das coisas que frustram essa vontade das empresas em se inscrever, é que basicamente, hoje, Sapiranga além de ser conhecida como a cidade das bicicletas, a gente sabe que isso é histórico, as pessoas utilizam muito o transporte de motos. E na hora do almoço, quase todas as empresas tem refeitório. Isso vai diminuindo também a frequência de usuários no transporte coletivo. É um somatório e um todo. Gostaria de dizer à todos que nos leem, que isso não está terminado. Temos ainda, praticamente, dez meses pela frente e é questão de honra. E, quero deixar como administradora, e nós queremos a nossa administração, essa bem feitoria, e necessária, para você cidadão que está nos lendo.

Repercussão – Existe um conceito que os administradores também precisam abrir estradas. E você ajudou em muito nisso. O que essas estradas importantes significam para a cidade?
Corinha – Eu digo que é Transtravessão São Jacó. Se você comparar, sai da RS-239, entra por asfalto, e sai na Kraemer Eck, com a construção do novo trecho da Travessão Ferrabraz e a sua nova pista. Então, imaginem, quantas avenidas que a TransSão Jacó atravessa e liga à Serra ao Litoral, e todo um estudo. Não se faz coisas assim no ar. É um estudo de mobilidade bem avaliado, feito por técnicos competentes. Temos que pensar ainda no turismo da nossa cidade, na locomoção, a cidade é muito grande, as pessoas moram em um bairro A mas tem que se deslocar até o bairro Y. Isso tudo é minimizado os custos para desafogar o centro da cidade também, e outras vias importantes. Hoje, a nossa cidade conta com um anel viário, pela necessidade que o nosso município tem de se modernizar e esperar turistas, gerar desenvolvimento da cidade em geral.

Repercussão – Recentemente, o Repercussão anunciou a eminente conclusão da EMEI Centenário. Em 2019, a Administração também anunciou a construção da EMEI Major, ou Voo Livre. Como a prefeitura vem buscando contornar alguma dificuldade na Educação Infantil?
Corinha – A Educação em todos os municípios é preocupante. Certamente, em Sapiranga, nascem cerca de 170-200 crianças por mês. Então, você precisa avaliar quantas crianças são de Sapiranga. E temos que dar conta, pois a lei diz que de 0 a 5 anos, temos essa obrigação. Mas, não é só pela obrigação. É um entendimento meu como mãe, avó e professora, que a criança tem que ter essa qualidade de ensino para desenvolver a sua capacidade, a sua inteligência, porque nós estamos formando o futuro cidadão sapiranguense. Para minimizar, o que temos feito: estamos com a EMEI Afonso Lauer, no Centenário, praticamente pronta. Não podemos colocar as crianças sem que a engenharia receba essa obra por definitivo. Temos mais uma obra no bairro Voo Livre para minimizar sempre essa espera de vagas. Mas, também, compramos vagas na Escola Duque de Caxias e na Escola Imaculado, fora as outras escolinhas e maternais particulares, e é a maneira que encontramos. Nós, sempre zeramos a fila até o início das aulas em fevereiro. Mas, sempre nascem mais crianças do que a nossa capacidade de colocá-las em nossas escolinhas de educação infantil. Não podemos esquecer de nossas mães crecheiras, que todas elas, passam pela nossa supervisão na Secretaria de Educação, que também faz um trabalho fundamental em nosso município em termos de crianças na escola.

Repercussão – E a sucessão, prefeita. De que forma vem trabalhando esse tema?
Corinha – Eu já não tinha o que fazer e ainda fui arrumar ser presidente do Partido Progressitas (risos), mas com muita honra, com muita alegria, eu gosto de política, a política é para servir, não para político se servir. Eu tenho muita honra de ter nascido em Sapiranga, de ser professora. A sucessão vai ocorrer dentro do que o nosso partido tem como princípio. São vários nomes, todos qualificados, alguns vereadores, vereadoras, cidadãos sapiranguenses com essa livre vontade de colocar o seu nome à disposição e a sua vida particular à disposição da comunidade. A nossa cidade é uma cidade que todo o cidadão precisa ter orgulho. Independentemente de partido. Ela está muito bem encaminhada, é só tocar e manter a qualidade. E, com certeza, estamos trabalhando em uma pessoa, homem ou mulher, que tenha condição de estar à frente dessa linda e maravilhosa Cidade das Rosas que é a nossa Sapiranga.

Repercussão – E quando 31 de dezembro de 2020 chegar. Vai tirar umas férias, vai para a praia ou vai pensar em uma candidatura a deputada estadual ou federal?
Corinha – Primeiramente, vou agradecer a Deus, por essa honra de ter me deixado oito anos como prefeita, e em segundo lugar, vou dizer a todas as pessoas: missão cumprida. Tenho certeza que essa missão terá sido bem cumprida e será entregue nas melhores condições possíveis desse município. Agradecer as pessoas que me acompanharam, meu esposo, minha família e meus filhos, e os secretários e funcionários, que são fundamentais, me dou bem com todos os funcionários, respeito e acredito no trabalho de todos os funcionários. Esse é o meu agradecimento. Com certeza, são quatro anos que não tirei férias, vou tirar umas férias, me dedicar mais a minha família, aos meus netos, meus filhos, meu esposo, meu pai, com 93 anos, irmãos, sobrinhos, e depois eu vou caminhar para outros rumos, nunca abandonando a política.

Foto: Divulgação/PMS.