Corinha demonstra indignação com número de policiais disponibilizados para Sapiranga

Sapiranga – A exemplo de diversos gestores municipais do Estado, a prefeita de Sapiranga, Corinha Molling, demonstrou descontentamento com o número de novos policiais militares disponibilizados para o município. Sapiranga recebeu três soldados. “A defasagem de efetivo da Brigada Militar no município é de 60%. Recebemos a promessa do Governo do Estado que olharia para o Vale do Sinos”, lamentou, apresentando inconformismo com o número abaixo da expectativa.

Corinha entende que Sapiranga com mais de 80 mil habitantes necessita de mais contingente para o policiamento ostensivo. “Uma cidade pujante e próspera, com tantos empresários que investem e que hoje, no dia a dia, possui trabalhadores em três turnos, em especial os que atuam à noite, deveria ser vista com melhores olhos”, afirmou.

Os três policiais enviados a Sapiranga participaram do curso superior de Tecnologia em Aplicação de Polícia Militar que começou no dia 12 de novembro do ano passado. Ao todo, total de 1.965 alunos-soldados aprovados em concurso foram chamados em todo Estado.

Vida após o Sinos
Corinha também cirticou a falta de profundidade das ações do governo estadual aos demais municípios após São Leopoldo e Novo Hamburgo. “Existe vida e municípios importantes após o Rio dos Sinos. Estou indignada, pois minha obrigação é lutar por Sapiranga, e quando eu fui presidente, lutei pelos 12 municípios”, desabafou Corinha.
Conforme o governo do Estado, a estratégia de distribuição adotada pela Secretaria de Segurança coloca em prática as premissas de inteligência e investimento qualificado do programa RS Seguro, com adoção de critérios objetivos que priorizam os municípios menos guarnecidos, além das unidades e serviços com maior impacto regionalizado, para otimizar o aproveitamento do reforço. O critério número 1 para lotação dos ingressantes da BM foi a garantia de que nenhuma cidade do RS terá menos do que cinco PMs. Dessa forma, muitos dos novos policiais serão alocados em cidades menores, que tinham menor efetivo. Uma estratégia utilizada foi empregar parte do reforço em unidades que podem atuar em todo o Estado.
Prefeita demonstrou frustração com pouca efetividade da AMVARS na luta pelo Vale do Sinos
Corinha ainda demonstrou frustração com a pouca efetividade e força da Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (AMVARS). “Acreditava que a associação era forte. Quando eu fui presidente da AMVARS, lutei fortemente para beneficiar os 12 municípios no projeto do cercamento eletrônico. Porém, conseguimos para seis municípios. Acredito que a entidade deveria ter se esforçado mais pelo restante dos membros da AMVARS, o que não ocorreu. Além disso, o governo do Estado está fazendo pouco pelo Vale”, criticou.
Reportagem: Fábio Radke