Comentário: O poder da indústria calçadista na retomada do crescimento

Foi uma grande honra representar a Assembleia Legislativa na abertura da 45ª Fimec, realizada em Novo Hamburgo, uma região que reúne o maior cluster calçadista do Estado e do país e abriga a maior feira do mercado coureiro-calçadista da América Latina.

 

A atividade, que ocorreu no dia internacional da Mulher, não poderia ser mais especial e simbólica, já que aqui no RS esta indústria é muito voltada ao segmento de moda feminino que embeleza ainda mais as mulheres contribuindo para o seu bem-estar.
A feira reúne em um só lugar toda a cadeia produtiva. O RS é um estado que tem no sangue a tradição do saber fazer, a expertise da produção de calçados, por isso seguimos trabalhando para voltar a ser o estado com a maior participação no mercado. No Parlamento gaúcho, presidimos a Comissão Especial da Indústria –CEI-RS e, até muito antes, a Frente de apoio ao setor calçadista e a Frente Parlamenta da Indústria FPI-RS. Nos encontros e audiências públicas regionais promovidos para tratar das ações dirigidas à indústria na retomada do crescimento, estão sendo apontados os gargalos que afetam a indústria gaúcha, inclusive a calçadista. Há relatos de muitas dificuldades semelhantes, como, por exemplo, a falta de mão de obra treinada e especializada nos processos de produção do setor, que possa atender a demanda de trabalho de acordo com a vocação do Estado.
Este segmento é extremamente importante no cenário industrial gaúcho. Dados recentes revelam resultados positivos da geração de emprego na indústria calçadista no Brasil e no Estado que se mostrou como que mais emprega. Em 2021, lideramos a criação de vagas no setor, com um crescimento 11,2% maior que 2020. Esta notícia sinaliza que todas as ações empenhadas desde 2019 para estancar a crise, reduzir o processo de desindustrialização e retomar o crescimento, geraram resultados. Este crescimento é muito relevante, mas ainda há muito o que fazer.
Não somente como deputado, mas como empresário há quase 30 anos, tenho a propriedade para falar dessas dificuldades. Precisamos melhorar o ambiente de negócios, reduzindo a carga tributária, investindo na infraestrutura, proporcionando mais competitividade, e ainda incentivando a instalação de novas empresas, já que o setor é um grande potencializador de desenvolvimento econômico e social.
Diante deste cenário, de conquistas mas ainda de desafios, o tema desta edição da Fimec não poderia ser mais atual e certeiro sobre a indústria calçadista: “A única que tem tudo para criar o amanhã”. Temos uma indústria cada vez mais sustentável e sempre atenta ao comportamento do mercado. Mas nosso trabalho, união e esforços farão a diferença. Seguimos na luta pelo Rio Grande que produz.