Comentário: Como construir a cidade que queremos, por Diego Lima

Por Diego Lima, engenheiro civil e vereador do Democratas de Sapiranga

O cenário político vem mudando, os resultados das eleições vem demonstrando isso. Mas como sair dos rótulos, populismo e fisiologismos? Muita se fala em nova política. Mas será que essa é pergunta certa? Por que não: qual a cidade que queremos e como chegaremos lá?

O brasileiro está sentindo o efeito da cidadania. Está cada vez mais claro, que temos cidadãos digitais e cidades analógicas. Recentemente uma pesquisa do ministério do planejamento, atestou que apenas 1,2% dos serviços públicos são feitos por aplicativos, 30% ainda estão sendo feitos no balcão. Pasmem! Pois 8 em cada 10 brasileiros têm celulares, entre os jovens, 9 entre 10.

A vida ocorre na cidade e as mudanças devem começar por aqui. A palavra GovTech deveria estar na ponta da língua de todos os agentes públicos, pois com Inovação, teremos transparência, indicadores e colaboração de empresas, sociedade civil organizada e comunidade, que precisam saber e participar das demandas da cidade e ir mais adiante: fiscalizando, propondo e sendo parceiro.

Não há mais espaço para políticos, ficar “enrolando” o povo, você deve ter domínio da informação. Estamos cansados de ouvir que os políticos tem muitos “projetos”, que nada são mais do que ideias, que sem planejamento e conhecimento, não tem valor algum.

Estou falando de Gestão de Resultados. De acordo, com um autor Peter Drucker, a grande diferença da gestão de resultado para a gestão tradicional é o foco no resultado, antes dos processos e metodologias, entre outras características estão enxergar a responsabilidade como de todos, independente de função e setor, incentivando a interação e colaboração entre eles.

Com a colaboração do cidadão, que é a pessoa que enxerga de verdade a cidade que queremos, podemos conhecer nossas fraquezas, nossas fortalezas, as potencialidades e ameaças para esta construção. Definiremos a nossa missão, objetivos e metas, estaremos atentos ao monitoramento dos resultados.

A sustentabilidade é outra palavra chave. Você pode imaginar o quanto gastamos com energia elétrica, para abastecer nossas escolas, postos de saúde, parques, praças e ruas? É muita grana. E se eu falasse que é possível reduzir 90% desta conta, com a utilização da energia solar, fazendo com que esse valor fosse aplicado em saúde, lazer e educação. O Plano de Gerenciamento e Eficiência Energética, foi uma emenda que coloquei no nosso plano diretor. É possível dividir em setores e criar pequenas usinas de energia em áreas públicas. Por que então pagar essa conta?

Então é isso aí, eleições chegando, precisamos engajar e escolher candidatos que dominam conhecimentos de planejamento e gestão, que sejam transparentes, utilizem as tecnologias inovadoras e colaborativas. A cidade é sua.

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