Coluna Política: Giovani Feltes e Marcel se posicionam contra aumento do Fundo Eleitoral

No Brasil, se dormir no ponto, acabam engrupindo o brasileiro, normalmente, em aprovações noturnas dentro do Congresso Nacional. E, como não poderia ser diferente, desta vez, o crime mais uma vez é de caráter financeiro. A aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentária Anual (LDO) do Governo Federal, reservou R$ 5,7 bilhões para o chamado Fundo Eleitoral (também chamado de Fundão). Há ainda outro fundo, bem semelhante, mas conhecido como Fundo Partidário, que é para a manutenção dos partidos políticos. É uma excrescência que só existe em países subdesenvolvidos e atolados em escândalos recorrentes de corrupção em todas as esferas. Depois da revolta nacional que o tema levantou em diferentes nichos da sociedade, pressionado a vetar a medida, Jair Bolsonaro entrou em cena, mas está amarrado com o Centrão (partidos que dominam Brasília há décadas). A sugestão é reduzir de R$ 5,7 para R$ 4 bilhões esse fundo da vergonha. Mas, não se iludam. Pois, em 2020, o valor do ‘Fundão’ foi de R$ 2,2 bilhões. Ou seja, aumento para 2022 de 100%. Um escárnio. Dos deputados federais do Vale do Sinos (Lucas Redecker, Marcel van Hattem e Giovani Feltes), apenas Marcel e Giovani demonstraram, publicamente, suas posições contrárias ao reajuste do ‘Fundão’. “A votação ocorreu em votação simbólica, ouvindo apenas os líderes. Sou contra o aumento do Fundo Eleitoral. Sei que a democracia tem um custo necessário, mas nenhuma ação do parlamento pode se dissociar da atual crise econômica e social que nosso país enfrenta!”, declarou Giovani Feltes, do MDB. Quem também mostrou muita contrariedade foi Marcel. “Uma reforma política, portanto, deve incluir o fim do dinheiro público para campanhas eleitorais e um debate sobre a substituição do TSE, que hoje detém o monopólio de todo o processo pré-eleitoral e pós-eleitoral e custa R$ 10 bilhões no ano ao país. Também defendo o fim do financiamento público de campanhas e o restabelecimento do financiamento privado, com regras, limites e que uma mesma empresa, por exemplo, não possa doar dinheiro para dois candidatos diferentes concorrendo ao Executivo a fim de evitar conflito de interesse nas doações”, avaliou Marcel. Pelo andar da carruagem, o Fundão com 100% de aumento vai mesmo passar como algo normal. E cadê, por exemplo, uma linha de financiamento federal para equipar com raio-x Postos de Saúde, em todo o país, que ainda não possuem equipamento tão vital? Te respondo, não existe, mas para os caciques partidários, há de sobra. Vergonha!