Coluna de política: Alternativas ao atual modelo de concessões das rodovias estaduais no centro do debate

Continuam intensos os debates, reuniões e discussões para elaborar alternativas plausíveis e viáveis ao atual modelo de concessões das rodovias gaúchas, que foi apresentado pelo governador Eduardo Leite, em junho. Ontem, foi a vez da Câmara de Vereadores de Igrejinha promover um debate sobre o tema. E, na segunda-feira,19, em três horários distintos (9h30, 14 horas e 17h30) o deputado estadual, Dalciso Oliveira (PSB), promoverá na Faccat, em Taquara, através da comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, três audiências públicas para tratar do plano de concessão de rodovias gaúchas. “Precisamos aprofundar este assunto com a sociedade, com a responsabilidade necessária para fazer o melhor para o nosso Rio Grande”, avalia Dalciso. Às 9h30 será debatida a RS-239, às 14 horas a RS-020 e às 17h30 a RS-115.

Por sua vez, quem também está debruçado no tema e com opinião fechada de que a criação de novos pedágios é uma forma de aumento da carga tributária aos gaúchos é o deputado estadual, Issur Koch (PP). Em audiência virtual, também nesta semana, Issur aprofundou o tema das concessões com mais de 100 pessoas na Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa. O encontro uniu prefeitos, vereadores e entidades de diferentes regiões gaúchas, que se manifestaram contrários à instalação de novos pedágios. O encontro não contou com a participação de representantes do governo do Estado. Entre as diretrizes extraídas do encontro, destaque para a sugestão que será levado ao Estado de ampliação do prazo de 30 dias proposto pelo governo para discussão do Plano de Concessão de Rodovias; não publicação dos editais dos três blocos de concessão em setembro, a fim de se ouvir a sociedade sobre suas prioridades e necessidades; fim do valor de outorga (se duas ou mais empresas apresentarem o menor preço de tarifa proposto, o desempate ocorrerá no maior valor de outorga – que é o montante que será feito ao governo do Estado). Para Issur, “com as novas praças de pedágios, o governo aumentará de forma indireta ainda mais a carga tributária, mesmo que os gaúchos já figurem entre os maiores pagadores de impostos do país”, pondera o deputado Issur. O deputado lembra, ainda, que em nenhuma das 22 praças de pedágios há previsão de construção de ciclovia. “Simplesmente, estão ignorando este modal para o futuro das estradas gaúchas. Fechar os olhos para esta realidade é não enxergar que a cada dia mais e mais pessoas fazem da bicicleta instrumento de lazer, integração, turismo e trabalho”, critica o deputado Issur.