Candidatos somam mais de R$ 3,1 milhões em bens declarados em Sapiranga e Araricá

Região – Um levantamento realizado pelo Grupo Repercussão mostra que os candidatos às prefeituras de Sapiranga e Araricá possuem, juntos, mais de R$ 3,1 milhões de reais em bens declarados. Os dados são do Sistema de Divulgação de Candidaturas (Divulgacand), disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os candidatos tiveram até o dia 26 de setembro para realizar a declaração dos seus patrimônios à Justiça Eleitoral, assim como dados pessoais e planos de governo.

 

Em Sapiranga, o maior patrimônio é da candidata Carina Nath (PP), com um total de R$ 579.082,74. Deste montante, uma aplicação no Banco do Brasil, juntamente com seu cônjuge, corresponde a 53,2% do valor (R$ 308.429,87). Moisés Schumann (PRTB) aparece com o menor patrimônio, tendo declarado apenas uma sociedade no Clube 19 de Julho, no valor de R$ 1.500,00. Já em Araricá, o atual prefeito e candidato à reeleição pelo PSL, Flavio Foss, aparece com o maior valor declarado: R$ 705.404,28. Em comparação com 2016, seu patrimônio teve um incremento de 21,2% (R$ 126.201,57). Já o candidato Oséas Garcia (DEM) tem o menor patrimônio entre os arariquenses, com um total de R$ 204.623,40. Por não ter declarado nenhum bem em 2016, este montante representa um aumento de 100% no seu patrimônio.

 

Confira nas tabelas abaixo todos os bens declarados por cada um dos candidatos de Sapiranga e Araricá. Na próxima edição do Jornal Repercussão, traremos a lista com o patrimônio dos prefeituráveis de Campo Bom e Nova Hartz.

Declaração é essencial

O coordenador do curso de Direito da Universidade Feevale, professor Cássio Bemvenuti, explica que qualquer pessoa que almeja um cargo público ou participar de uma licitação ou prova pública deverá demonstrar com clareza a sua regularidade patrimonial e tributária. “Se a pessoa vai almejar um cargo público que justamente será financiado com dinheiro público, nada mais natural que haja um pente fino do tribunal eleitoral sobre o patrimônio desses candidatos”, contextualiza. Ele ainda afirma que o patrimônio reflete muito bem as atividades de um político. “Se um político recebia um determinado salário por mês, por exemplo, e ele tem um patrimônio que não corresponde a esse salário, existe uma grande chance de ele ter angariado as verbas excedentes de forma ilícita, seja através da utilização de lobbys, recebimento de empresas, ou rachadinhas de gabinete”, relata Cássio.