Campo Bom soma iniciativas diferenciadas para tornar cidade melhor

Repercussão – Em 2019 foram efetuados diversos asfaltamentos. Novas ações estão previstas nessa área?

Luciano Orsi – Estamos terminando os projetos. Praticamente, 90% das ruas estão levantadas, a maioria tem projeto e estamos terminando algumas que surgiram a necessidade, pois não estavam previstas. Acredito que em seguida, colocaremos isso em licitação. Conseguimos fazer bastante asfaltamento e também pavimentação, como a do Loteamento Renascer. A ideia é termos um pacote que gire entre R$ 3 milhões a R$ 5 milhões em asfaltamento. Fora isso, conseguimos algumas emendas que estão para acontecer. Semana passada, eu assinei contrato na Caixa de quase R$ 900.000,00 através de uma emenda do Giovani Feltes e que será possível recapear toda a Rua Alvorada e a Rua Leão XIII. A obra do esgoto, que é uma obra fundamental, é algo que tem que fazer, mas castiga o asfalto. Nesse pacote constam outras ruas do bairro 25 de Julho.

Até fevereiro, no máximo, colocaremos isso na rua. Gostaria de ter iniciado antes os asfaltamentos, mas por ter pegado em uma situação difícil até colocarmos a casa em ordem demorou um pouco.

Repercussão – E o novo Parcão na antiga Secretaria de Obras? E as obras de revitalização da Av. Brasil?

Luciano Orsi – Apresentamos o novo projeto do Parcão que ainda não foi para licitação. Mas, queremos acelerar para abrir concorrência em fevereiro. Ali é uma obra de oito meses, e será uma obra de referência para nós, pois ficou muito bonito, vai dar uma nova visão naquela região.

O projeto da Av. Brasil está andando, pois ele não está pronto ainda. Ele envolve muita tubulação subterrânea e outros detalhes.Era para estar pronto em dezembro. Foi apresentado um pré-projeto, solicitamos alguns ajustes e acredito que vai levar mais 2-3 meses para ficar pronto. Como ele está dentro do Avançar Cidades, estamos pré-selecionados, tem uma série de burocracias, em 2019, acabou o recurso e atrasou o andamento.
Repercussão – Em 2019, o senhor anunciou criação da Secretaria de Segurança Pública e da Guarda Municipal. Como está o andamento da criação da Guarda?

Luciano Orsi – Está andando e estamos com uma meta. Foi definida a empresa do concurso que abrirá nos próximos dias. Vão ser efetivamente 20 vagas que vamos preencher. Mas, preventivamente, vamos trabalhar com 40 vagas. Ou seja, serão 20 vagas de provimento imediato e mais 20 de cadastro reserva. Dentro de uma parceria entre a Guarda e Fiscalização de Trânsito, futuramente, vai ser tudo uma coisa só. Trabalhamos com um efetivo de 36 ou 40 vagas ao todo. Hoje contamos só com 16 fiscais de trânsito. Vamos dobrar e especializar mais. Acredito que isso vai ajudar bastante e sabemos das dificuldades da Brigada em efetivo. E o trânsito não tem poder para chegar de madrugada e atuar em uma briga, por exemplo. Eles não tem arma e é um risco que não podemos nos submeter.

Repercussão – Como será feita essa migração?

Luciano Orsi – No momento, vamos continuar com os fiscais de trânsito. Continuarão fiscais com habilitação para o trânsito. Trabalharemos na guarda que terá que fazer o curso de guarda e de trânsito também. Teremos parceria com a Feevale para acelerar isso. E a Guarda pedimos a parceria com a Acadepol e conseguimos até reduzir o período usando mais turnos, e vamos conseguir. Queremos no máximo dos máximos, em agosto, estar operando com a nossa guarda. Esse é o nosso prazo.

Repercussão – Uma guarda necessitará de viaturas e materiais. Como será a busca por essa infraestrutura?

Luciano Orsi – Vamos comprar esses equipamentos e buscar os materiais. Talvez, façamos a adesão de alguma ata, mas tudo tem que ser estudado. E em seguida, vamos ter que abrir edital de compra de materiais. Existem prazos que precisamos seguir

Repercussão – Recentemente, o senhor assumiu a AMVARS. Qual será o desafio para 2020? Aprofundar as compras coletivas de produtos de consumo básico das prefeituras e colocar o cercamento eletrônico em operação?

Luciano Orsi – O cercamento eletrônico é um trabalho contínuo da Associação e iniciou ainda em 2016, na gestão anterior, através da busca de recursos através de emendas parlamentares, que somadas acabaram viabilizando a questão de recursos para que pudéssemos fazer essa etapa que foram quase cinco milhões, divididos entre seis dos 12 municípios da associação. Esse é um processo que está em fase final de testes e praticamente todas as câmeras OCRs já estão posicionadas nestes seis municípios. Agora, nosso trabalho é realmente colocar isso em atividade, junto com as centrais de monitoramento, em que cada município terá a sua central, mas, também vamos usar a central do Estado como um grande guarda-chuva das imagens da PROCERGS, que é o canal competente. Cercamento eletrônico, como o nome já diz, só é completo quando pudermos cercar a maior área que conseguirmos dentro desse cercamento.

Repercussão – E o consórcio público CP Sinos? O que as prefeituras podem projetar nesse campo para economizar recursos públicos?

Luciano Orsi – É uma questão matemática. Se consegue ter um número maior e um poder de compra maior com um número maior de municípios e um número maior de habitantes, hoje temos mais de 800 mil pessoas dentro da AMVARS, nos 12 municípios. Então, se tu comprar para mais de 800 mil pessoas, com certeza, o teu quantitativo vai ser maior, tu vai somar o quantitativo de cada município, e com isso, terá mais interessados porque o volume de recursos é maior e tu vai ter uma obrigação maior daquelas empresas que vierem a oferecer ao consórcio de fazer a entrega. Isso é um ponto fundamental. Além de reduzir o custo, que existe uma redução significativa, e alguns itens, chegamos a mais de 90% de desconto sobre o que alguns municípios estavam adquirindo, e não é que o município está adquirindo mal. É questão de se ter o volume, mas pode fazer isso. E vamos trabalhar para ter mais pregões, além de medicamentos, para ter mais pregões para também valorizar o recurso público e poder com a economia que ele faz, ele poder estar trabalhando em outros serviços públicos.

Repercussão – Em qual estágio está a reativação das câmeras de segurança do sistema público de Campo Bom?

Luciano Orsi – Fizemos uma avaliação e constatamos que a tecnologia tem um desenvolvimento muito rápido e tudo evolui muito rápido quando se fala em tecnologia. O nosso diagnóstico é que o sistema de aquisição está um pouco ultrapassado. Avaliamos como as coisas estão girando e ocorrendo em termos disso e percebemos que muitas cidades estavam buscando fazer locação de equipamentos. Isso proporciona garantias, tudo através de garantias contratuais, possibilitando sempre contar com novidades e com modelos adequados e avançando conforme a tecnologia avança. Tínhamos o sistema, com algumas câmeras analógicas outras digitais e era bem misturado. Algumas funcionando e outras não. E dentro dessa questão que estamos implantando que é a locação de 36 câmeras ao invés das 16 existentes. Vamos recuperar todas (as 16) e implantaremos mais 20 com tecnologia totalmente nova e moderna. A empresa terá que dar todo o apoio em 24 horas, se deu algum problema, em um prazo de 24 horas tem que estar funcionando, caso contrário tem algum desconto e penalidade. Isso é a garantia que teremos um sistema e uma garantia de que teremos um sistema com funcionamento efetivo. E junto com o cercamento eletrônico, vai acabar se tornando, eu diria, um pequeno Big Brother na nossa cidade e forçará que àquelas pessoas que queiram fazer coisa errada, serão desestimuladas.

Repercussão – Vocês trabalham com alguma data para, quem sabe, pôr em funcionamento as câmeras?

Luciano Orsi – Homologamos no fim de 2019 a licitação. Conseguimos ter uma redução importante de valores em função da concorrência gerada. Agora, são 30 dias para a empresa fazer todo o seu plano de trabalho, verificar junto com as forças de segurança – Secretaria de Segurança, GGI-M – os pontos que estão previamente previstos e ajustar algumas questões onde ficariam mais efetivas, e depois desses 30 dias, eu acredito que no máximo, são mais 60 dias para instalar. A instalação é rápida. Acredito e espero que no máximo, até abril, estamos com as câmeras iniciando o monitoramento em Campo Bom.

Repercussão – Foi anunciado, em 2019, a construção de um Centro Vida de Especialidades. Como está o andamento desse projeto?

Luciano Orsi – Queremos contar com um Centro de Especialidades Médicas e Odontológicas, que vai canalizar o recebimento de toda a rede e as unidades básicas de saúde. A ideia é se o cidadão tem um problema e ele vai até a UBS, precisando de um especialista, tanto médico como dentista, ele vai fazer esse contato para fazer o agendamento na própria UBS. Quando ele sair dali, ele vai sair já com um horário marcado dentro do Centro Vida, que vai concentrar as especialidades. Pretendemos ampliar os serviços, mas ao mesmo tempo qualificar se tem equipamento e condições melhores para que se possa ter esse atendimento que é um atendimento diferenciado, o atendimento especializado. O projeto ficou pronto no final de 2019. Sempre é necessário retificar alguma coisa, e isso tem que ter muito cuidado até porque é um projeto de R$ 3 milhões de reais. É um projeto importante e que precisa ter uma garantia do que vamos fazer e dar tudo certo.

Repercussão – O Hospital passa por uma transição. Em 2019, foi anunciado a compra de um novo raio-x e de um tomógrafo de última geração. Como estão estes dois itens?

Luciano Orsi – Isso tudo é pensado para conseguir dar um atendimento diferenciado ao cidadão. No momento em que possuímos mecanismos e aparato que podem ajudar no diagnóstico, conseguimos resolver mais problemas sem precisar sair da cidade. Isso é uma conquista. Campo Bom já é uma cidade média, uma cidade onde se procura se resolver o máximo das coisas possíveis sem sair do município, então hoje contamos com o raio-x. O aparelho começou a funcionar no final de 2019 e o tomógrafo já foi comprado, foram R$ 990 mil reais investidos em um aparelho da marca Siemens, um dos melhores que se tem. Agora, possuímos um prazo de 90 a 120 dias de entrega e instalação. Estamos ajustando a sala do hospital, pois ela precisa ser revestida com blindagem e toda a questão técnica e observamos muito essas questões também. Já teve um tomógrafo em Campo Bom, mas não tinha uma sala para o tomógrafo. De repente, podia ter uma exposição às pessoas a radioatividade. Estamos fazendo a adequação dessa sala, para receber o tomógrafo que vai auxiliar muito e reduzir os custos. Se tem equipamento, tem que ter uma equipe, mas vamos dizer o custo mais caro até pelo valor do equipamento foi a aquisição do tomógrafo. Acredito que em 90-120 dias vamos ter um tomógrafo funcionando.

Repercussão – E a área da educação? Comente sobre os investimentos em obras e projetos de qualificação profissional

Luciano Orsi – A educação é uma área prioritária para nós. Sempre foi colocada como um diferencial e onde teríamos que centralizar muito nossos esforço. Temos feito isso de uma maneira muito forte, tanto para a contratação de pessoas como também equipamentos e inovação. Hoje, trabalhamos muito fortemente desde o ensino infantil e a questão da robótica com algumas parcerias, até porque Campo Bom tem esse viés tecnológico, pelas empresas que estão instaladas e temos que andar também conforme a nossa vocação. Que se ela era calçadista, hoje ela já se divide um pouco mais. Então, não deixamos de olhar para esse lado. Ainda assim, participamos da Couromoda e da Inspira Mais, na área calçadista onde criamos uma sintonia com a questão da educação muito forte.

Repercussão – Alguma obra de escola em andamento?

Luciano Orsi – Sim, a escola do Loteamento Firenze, de Educação Infantil, onde conseguimos diante de uma gestão junto ao Ministério da Educação, ainda com o ministro anterior, um repasse de R$ 2.400.000,00 para fazer uma escola. Este é um bairro com bastante extensão e ele fica um pouco afastado do Centro da cidade. A UBS já tinha e então precisávamos uma escola de educação infantil para aproximar o cidadão. Então, vamos construir essa escola. Depende de toda a aprovação de projetos quando é uma verba federal é um pouquinho mais moroso, demora um pouco mais, mas em seguida vamos estar dando o start para começar essa obra já também. Ela vai possibilitar espaço para 150 a 180 crianças na Educação Infantil. Vai ser muito importante para nós, conseguimos fazer alguns remanejos durante esses três anos. Esse ano conseguimos reduzir a quase a zero nossas deficiências de vagas na Educação Infantil, já temos e conseguimos equilibrar bem, mas sabemos que logo mais surgem novas necessidades.