Brasil tem uma das campanhas eleitorais mais caras do mundo

Se o eleitor imaginar que, para ser deputado federal ou estadual no Rio Grande do Sul, o candidato terá que fazer campanha em 497 municípios, poderá entender por que as eleições brasileiras são consideradas pelos especialistas como uma das mais caras do mundo. “Faz com que ele seja quase um partido isolado. Disputa a eleição contra tudo e contra todos, até contra seus próprios colegas de partido”, explica o consultor legislativo, Arlindo Fernandes, um dos especialistas do Senado Federal em direito constitucional e eleitoral.
Gastos elevados podem resultar em sucesso nas eleições, segundo o consultor, pela fragilidade de boa parte do eleitorado, suscetível à influência do poder econômico e das máquinas administrativas. Algumas estimativas com base em dados do Tribunal  Superior Eleitoral (TSE), mostram que o Brasil terá este ano a eleição mais cara da sua história. O debate no Congresso para alterar o atual sistema eleitoral e de financiamento de campanhas deve ser retomado no próximo ano.
Entre os candidatos da região que disputam o voto do eleitor na eleição de outubro deste ano, quem mais arrecadou e gastou até o momento, conforme estatística disponível no site do TSE, foi o candidato à deputado federal de Sapiranga, Renato Molling (PP). Logo em seguida, vem o ex-prefeito de Novo Hamburgo, Tarcísio Zimmermann (PT), seguidos por Giovani Feltes (PMDB). Ao lado, o leitor pode conferir uma tabela com candidatos da região e outros que visitaram a sede do Jornal Repercussão.