Bens dos candidatos em Campo Bom e Nova Hartz ultrapassam os 6,6 milhões de reais

Região – Dando sequência ao levantamento realizado pelo Grupo Repercussão, a partir dos dados disponibilizados pelo Sistema de Divulgação de Candidaturas (Divulgacand), disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi constatado que os candidatos às prefeituras de Campo Bom e Nova Hartz possuem, juntos, mais de R$6,6 milhões em bens declarados para as eleições de 2020. Os patrimônios foram informados ao TSE pelos candidatos até o dia 26 de setembro, bem como seus dados pessoais e planos de governo.

 

Entre os cinco candidatos que disputam o cargo máximo da prefeitura de Campo Bom, Alex Dias, do PRTB, é quem aparece com o maior valor em bens: R$ 445 mil. Marco Mikonga (PV) e Vicente Selistre (PSB) possuem patrimônios na casa dos 400 mil reais, sendo R$404.548,30 do pevista e R$398.339,05 do pessebista. O atual prefeito e candidato à reeleição, Luciano orsi, do PDT, declarou pouco mais de R$ 370 mil em bens, o que representa uma redução de 66,8% em relação à declaração realizada na campanha de 2016, quando seu patrimônio representava um valor acima de R$ 1 milhão.

 

Em Nova Hartz, os três candidatos que disputam a prefeitura aumentaram seu patrimônio desde 2016. O atual prefeito, Flávio Jost (PP), teve um aumento de 29,8% no valor de seus bens, que hoje representam R$ 3.664.267,19. Jamir Pelicioni (PSB) declarou R$ 1.127.650,00 em bens, um ganho de 96,6%. O candidato Robson Massaia, do PSDB, é quem apresenta maiores ganhos estatísticos: 101%, passando de R$117.900,00 em 2016 para R$237.000,00 agora, em 2020.

Todos devem declarar

O coordenador do curso de Direito da Universidade Feevale, professor Cássio Bemvenuti, explica que todo cidadão brasileiro, que esteja concorrendo ou não, deve declarar seus bens, ou seja, sua renda e seu patrimônio. “Isso para fins fiscais e tributários. Portanto, se vou, por exemplo, concorrer a uma licitação, se vou realizar algum tipo de obra pública, tenho que entregar minha certidão de negativa fiscal, de regularidade tributária”, afirma. “O patrimônio de uma pessoa reflete a vida financeira daquela pessoa. O Estado, como ente maior tributador, para que organize a vida das pessoas, como ocorre em todo o mundo, já que a maioria dos países ocidentais, por exemplo, tributam numa média de 20 a 38% do PIB, para que se organize esse Estado e se sustente, ele deve ter observância direta do patrimônio das pessoas e da transação de riqueza das pessoas”, completou.