Ano eleitoral | Vereador diz que projetos serão analisados nos prazos
Araricá – Natural de Iraí, no Norte do Estado, Ari Alberto Schrepp (PP), 50 anos, está no seu segundo mandato de vereador pelo município. Pela primeira vez, o progressista será o presidente da Câmara de Vereadores, justamente em um ano que promete ser extremamente disputado no âmbito eleitoral.
À frente da presidência da Casa, Ari Schrepp admite que 2016 será complicado e as paixões partidárias, naturalmente, começarão a entrar dentro da Câmara. “A Câmara é um órgão independente da Prefeitura e precisa ter a sua caminhada normal”, cita o vereador.
O presidente comenta que possui uma grande preocupação com os gastos públicos que acabam não se revertendo em benefício da comunidade. “Quando cobramos o Poder Executivo, fizemos reinvindicações de atos simples como o conserto de um cano quebrado, a troca de uma lâmpada ou o esgoto que corre a céu aberto”, justifica o vereador. Sobre um dos temas mais polêmicos de 2015 em Araricá (o uso de diárias), ele diz que conversará com os colegas.
Entrevista com Ari Schrepp (PP), presidente da Câmara de Vereadores de Araricá em 2016
Jornal Repercussão – Como as eleições impactam no trabalho da Câmara em um ano eleitoral?
Ari Schrepp – É um ano muito complicado. As diferenças partidárias, as paixões partidárias, às vezes, começam a entrar dentro da Câmara. A Câmara é um órgão independente da Prefeitura e precisa ter a sua caminhada normal. Os projetos vão entrar e serão analisados dentro dos prazos regimentais. Precisamos trabalhar com muita calma e muita clareza. Não deixar que os fatos externos de uma eleição venham a contaminar o nosso trabalho, que é muito importante para a comunidade.
Jornal Repercussão – Você é um dos principais críticos da atual administração. O que está errado?
Ari Schrepp – Tenho uma preocupação com os gastos que não se revertem para a comunidade. Os órgãos públicos precisam reverter cada centavo do dinheiro público em benefício da comunidade. Muitas ações estão sendo tomadas e não se revertem em benefício do município. Hoje os municípios estão contando moedas para honrar seus compromissos. Araricá gasta dinheiro em coisas que não precisa. Um exemplo é a coleta do lixo e o transporte de pacientes para Porto Alegre. Isso se torna muito caro para o município. A iluminação que as pessoas estão muito tempo reclamando. O cidadão paga contribuição de iluminação pública e o mínimo que ele quer é que tenha a lâmpada acesa em frente da casa dele à noite. O esgoto que corre a céu aberto. Coisas de primeira ordem. É o dia a dia das pessoas. Isso atrapalha a vida dos moradores.
Jornal Repercussão – Um dos temas mais polêmicos em 2015 em Araricá foram os valores gastos em diárias. Como o senhor vê esta situação?
Ari Schrepp – A diária não pode ser um complemento do salário do vereador. Se o vereador precisa sair para representar a Câmara em algum lugar, precisa ser ressarcido da sua despesa. Em qualquer lugar que houver abuso, precisa ser diminuído. Não vou tomar esta decisão sozinho. Isso tem que ser entre os nove vereadores. Vamos sentar e conversar.