Araricá rescinde com cooperativa. CPI define integrantes para apurar fatos

Araricá – Com a publicação da Portaria 6/2019 pelo presidente da Câmara, Olivar Ribeiro dos Santos (MDB), agora, os membros indicados pelas bancadas farão o primeiro encontro oficial. Será nesta reunião, que ocorrerá ainda esta semana, que serão definidos o presidente, o relator e o membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A meta do colegiado é apurar eventuais irregularidades na contratação pela Prefeitura de empresas terceirizadas para a prestação de serviços para algumas das secretarias, especialmente, na de Obras, Educação e Saúde.

O proponente da CPI, Marcelo Madeira (MDB) explicou que até a próxima semana no máximo, os encontros começarão a ocorrer entre os membros e o jurídico. A abertura da CPI tem gerado pontos de vista controversos entre vereadores, ex-funcionários de empresa terceirizada e vereadores. Recentemente, Paulo Foss (Progressistas) acredita que a CPI ganhou caráter político. “Parece parseguição política. Se não tem problema nos anos anteriores (se referindo ao pedido dos governistas de incluir na CPI proposta de investigar os últimos quatro anos do Executivo e Legislativo) porque fazer de dois apenas”, questionou, lembrando que de 2016 para 2017, o atual governo, reduziu de R$ 260.000,00 para R$ 60.000,00 um dos contratos com terceirizadas relativo ao Posto de Saúde e a disponibilização de funcionários capacitados para atender os cidadãos.

Secretário de Obras de Araricá explica sequência do trabalho sem empresa terceirizada

O secretário de Obras de Araricá, Nelson Lissarassa Basto, explicou que após a rescisão do contrato com a cooperativa, em final de fevereiro, a Prefeitura abriu processo seletivo simplificado para contratar novos operários. “Alguns, que trabalhavam antes conosco pela cooperativa, fizeram as provas, os testes e foram aprovados e continuam conosco. Outros, não passaram. Mesmo assim, ainda está faltando gente para trabalhar e não podemos contratar devido ao custo. Nosso cálculo é de que precisamos de mais quatro trabalhdores”, cita.

O que os vereadores acham

Ari Schrepp, Progressistas

Ari Schrepp

“Sempre achei, desde o início, que deveria ser encaminhado um pedido de informação para a Prefeitura. Poderíamos ter entrado lá e olhado todos os contratos. A CPI é puramente política e ideológica. Não podemos mais errar, pois não temos mais espaço e margem para erro, pois ocorreram muitos desacertos no passado. Acredito que CPI, agora, é ato político, e isso teremos na campanha. Precisamos pensar no município e suas carências e os nove vereadores precisam ser uma fonte de apoio”.

 

 

 

 

Paulo Foss (Progressistas)

Paulo Foss

“Em uma semana, o vereador Marcelo, falou que não importaria o partido e que faria uma CPI de todos – Prefeitura e Câmara. Depois, recebeu instrução de alguém e voltou atrás, e só quer fazer a CPI da Prefeitura e dos dois últimos anos”.

 

 

 

 

 

 

Ademir Pedro Kautzmann

“Estão querendo colocar a culpa nos vereadores que abriram a CPI pela demissão de terceirizados na Secretaria de Obras. Esclareço que a culpa não é nossa, pois vereador não admite nem demite ninguém”.