Viúva e amigo são presos por suspeita de matar sargento de Sapiranga há quase três anos

Policial rodoviário aposentado, Flamarion Moraes da Silva morreu em agosto de 2018 (Foto: Arquivo Pessoal)

Sapiranga/Região – Quase três anos depois, a morte do sargento aposentado Flamarion Moraes da Silva sofre uma reviravolta e, o que seria um falecimento decorrente de um infarto, passa a ser investigado como homicídio.
Nos últimos dias, a comunidade de Sapiranga, principalmente do bairro Centenário e arredores, foi pega de surpresa com duas prisões efetuadas pela Polícia Civil de Três Cachoeiras. Agentes coordenados pelo delegado Juliano Aguiar de Carvalho, que responde pela DP de Três Cachoeiras, prenderam a viúva de Flamarion, L.B.Z, e um dos seus amigos, R.C.P.. As prisões ocorreram na segunda-feira, dia 5 de abril.
Os dois foram detidos e encaminhados para a delegacia de Três Cachoeiras e, após os procedimentos legais, a mulher foi transferida para o presídio de Torres e o homem para a penitenciária modulada de Osório. A redação do Repercussão entrou em contato com o delegado Juliano, que preside as investigações e, de momento, ele se ateve apenas a confirmar as duas prisões e contou que ambos são suspeitos de matar o sargento aposentado da Polícia Rodoviária Estadual de Sapiranga.
Flamarion morreu em 2 de agosto de 2018 e seu corpo foi sepultado em Sapiranga. Natural de Cachoeira do Sul, ele deixou enlutada uma filha, além de demais familiares, colegas de farda e amigos. Sua morte ocorreu em Três Cachoeiras e, até a reviravolta, a informação é de que ele tinha sido vítima de um infarto.

Delegado Juliano ainda não divulga detalhes da investigação e prisões do Caso Flamarion

O delegado Juliano de Aguiar preferiu ainda não entrar em detalhes sobre a reviravolta e também investigação que já culminou nas duas prisões. “Por enquanto, o que posso repassar de informações são essas: as duas prisões efetuadas no Vale do Sinos, os quais são investigados como autores de homicídio contra sargento da Brigada Militar aposentado”, informou ele.
As possíveis motivações para o homicídio também não foram divulgadas.

Advogados não se manifestaram

A defesa dos dois suspeitos do crime está sendo feita por advogados de Sapiranga. Pela viúva, está atuando o advogado Sandro Steiger e pelo amigo, o advogado criminalista José Carlos Dri. Ambos foram procurados pela redação do Repercussão e preferiram não se manifestar sobre a investigação e prisões dos seus clientes.

“Uma pessoa alegre e muito querida por todos”

A única filha de Flamarion reside fora de Sapiranga. Ainda sem muita informação, Marindia Silva diz querer saber o que realmente aconteceu e seu único desejo, neste momento, é de que a Justiça seja feita. “Estamos esperando para saber o que vai ser definido pela Polícia Civil. É triste tudo isso, meu pai não será trazido de volta, mas o que queremos é que a justiça seja feita”, disse ela.

O sentimento dela é o mesmo de amigos, ex-colegas e demais familiares. O sargento Flamarion trabalhou por muitos anos na Polícia Rodoviária Estadual de Sapiranga e entrou para a reserva em meados de 2010. Ele é lembrado como uma pessoa alegre. “O pai gostava muito e se orgulhava de ter sido policial. Lembro dele como uma pessoa muito alegre e também era muito querido pelos ex-colegas. A gente mantinha contato sempre que possível”.