Tenta registrar ocorrência por perda de documento e é preso

Nova Hartz – Uma situação inusitada ocorreu na delegacia do município. Na quinta-feira (9), um indivíduo, de 46 anos, procurou a Polícia Civil para registrar a perda do seu documento de identidade. Antes de encaminhar o processo administrativo físico (o processo de perda de documentos pode ser feito, também, através da internet), os policiais consultaram a vida pregressa do indivíduo. Eis que no momento da consulta veio a surpresa. O homem, estava com um mandado de prisão expedido por falta de pagamento da pensão alimentícia de um filho. O pedido de prisão, expedido pela 2ª Vara de Família e Sucessões de Novo Hamburgo, foi autorizado este ano e acabou cumprido, desta forma, pelos agentes da Delegacia de Nova Hartz.

O detalhe é que o homem foi um dos presos na Operação Açores, de 2011, liderada pela Polícia Federal. À época, a ação policial desarticulou uma quadrilha com relação no tráfico internacional de drogas, armas e munições. A apuração constatou que a quadrilha da qual o preso integrava, ingressava no Brasil pela fronteira com a Argentina e o Paraguai. Toda a droga e as armas eram comercializadas na Grande Porto Alegre e no Vale do Sinos – região onde o indivíduo sempre possuiu afinidade. Atualmente, ele residia em uma propriedade no Morro Canudos, zona rural de Nova Hartz. Ao todo, 13 pessoas foram alvos da Operação Açores, entre eles, o preso na semana passada em Nova Hartz.

Como se deu a participação

No transcorrer da Operação Açores ocorreram três apreensões de drogas, totalizando mais de meia tonelada. Na época da operação, o alvo, morava em Seberi, na Região Oeste do Rio Grande do Sul. A Polícia Federal constatou que o homem preso em Nova Hartz se associou à quadrilha para carregar, transportar e captar dinheiro junto aos compradores de drogas da Região Metropolitana. Ele, conforme investigação da PF, seria o braço operacional de um indivíduo preso, em 2011, com 133,85 quilos de maconha, em Porto Alegre. À época, o indivíduo preso em Nova Hartz atuava como financiador, fornecedor e transportador de droga e também utlizava uma identidade falsa como o nome de ‘Jorge Rodrigues’.

Em contatos telefônicos com integrantes da quadrilha, a Polícia Federal constatou que ele recebeu dinheiro e um carro por um carregamento de drogas. Porém, no dia anterior, a Polícia Federal interceptou o transporte e apreendeu toda a droga. O preso pelos policiais civis de Nova Hartz ficou preso por mais de três anos e estava aguardando o julgamento do crime em liberdade.

Foto: Polícia Federal