Saiba quem são os 4 vereadores afastados do cargo pela Justiça em Sapiranga

Sapiranga – Depois do escândalo envolvendo o vereador, Alessandro Melo (Progressistas), a Câmara de Vereadores está, novamente, no epicentro de um controverso tema. Minuciosa investigação da Polícia Civil de Sapiranga, com base em conversas obtidas através da apreensão do smartphone de Alessandro Melo (um desdobramento do caso em que foi flagrado comercializando uma arma de fogo), constatou que teria ocorrido pagamento de propina para um grupo de vereadores votar na chapa 1 para a eleição da Mesa Diretora da Câmara, em 2018, e que foi encabeçada pelo próprio Alessandro Melo. Todo o caso corre em segredo de justiça à pedido do Ministério Público (MP), e a obtenção de detalhes mais aprofundados ficará prejudicada para tornar públicos todos os fatos sobre o episódio.

Solicitação apresentada ao Judiciário pelo delegado, Fernando Pires Branco, aponta como integrantes do esquema os vereadores, Alessandro Melo e Cesino Nunes de Carvalho, o Dula (ambos do Progressistas), Valmir Pegoraro (PDT) e Leonardo Braga (PSDB). A equipe de investigação da Polícia Civil de Sapiranga identificou que teria ocorrido um esquema de compra de votos na eleição da Mesa Diretora, em articulações obscuras que iniciaram antes da eleição, que ocorreu em dezembro de 2018. O pedido de afastamento (feito pela Polícia Civil e que foi acatado pelo Poder Judiciário) tem como base o suposto envolvimento de vereadores nos crimes de corrupção ativa e passiva. Há fortes indícios de que cada um dos vereadores que votou na chapa de Alessandro Melo, teriam recebido valores em dinheiro.

Oficial de justiça notificou vereadores envolvidos

Durante a noite da quarta-feira (17), um oficial de justiça do Poder Judiciário de Sapiranga, percorreu a residência de cada um dos quatro envolvidos no suposto esquema para notificar sobre a necessidade de deixarem os cargos durante o transcurso da investigação. O Repercussão apurou que o vereador, Alessandro Melo, foi localizado em um restaurante, na área central do Município. Leonardo Braga (PSDB), foi notificado na própria residência. Nesta manhã, a liderança do PSDB prometeu se manifestar oficialmente. Valmir Pegoraro (PDT) foi localizado e notificado da decisão, assim como, Cesino Nunes de Carvalho, o Dula.

Ainda na noite da quarta-feira (17), o Repercussão procurou os envolvidos (Dula, Valmir, Leonardo e o advogado de Alessandro Melo). Os únicos que não retornaram aos questionamentos da reportagem foram Cesino Nunes de Carvalho e Rafael Noronha, advogado de Melo. Valmir Pegoraro (PDT), se limitou a dizer que aguardará a posição do seu advogado.

Presidente da Câmara buscará esclarecimentos
Nesta quinta-feira (18), a presidente da Câmara de Vereadores, Olivia Steigleder (Progressistas), fará uma série de agendas para verificar quais medidas deve adotar. Mas, por se tratar de uma decisão judicial, tudo indica que a Câmara de Vereadores terá que convocar os suplentes imediatos de cada partido. Oficialmente, Olivia ainda não se pronunciou.

Quem são os suplentes de cada um dos quatro vereadores
Ainda não existe uma definição clara se, realmente, os suplentes serão chamados para substituir os vereadores afastados pela decisão judicial. Caso esse procedimento ocorra, nas vagas de Alessandro Melo e Cesino Nunes de Carvalho, devem ser convocados Jossara Cardoso e Rubem Encarnação dos Santos, o Rubinho. Para o lugar de Leonardo Braga, o Alvaro Luiz Schonardie (Democratas) deve ser convocado e no lugar de Valmir Pegoraro, Marcos Harff é o seu substituto imediato.