Repressão ao crime organizado ganha enfoque com delegado Fernando Branco

Segurança dos cidadãos ganha reforço após desarticulação de organizações criminosas que atuavam em Sapiranga

Desde que assumiu a Delegacia de Sapiranga em 2015, o delegado Fernando Branco, junto com sua equipe, promoveu uma série de ações para qualificar a segurança no município.

“Nós, desde o princípio, temos focado em algumas coisas. A primeira era qualificar o serviço de investigação dos delitos que ocorrem aqui na cidade. Nós fizemos uma reestruturação completa da Delegacia, tanto com relação ao quadro de pessoal quanto em relação com a estrutura interna da Delegacia, e também a parte física, o prédio da delegacia. Esse processo não terminou, está em andamento. Desde que chegamos, nós temos trabalhado nesses vetores, nesse sentido, de primeiro reestruturar a Delegacia, para que ela possa ter condições de fazer um trabalho com qualidade”, valoriza o delegado Fernando Pires Branco.

Operações realizadas

“Nós temos privilegiado a investigação de crimes violentos e os crimes ligados aos crimes violentos, como o tráfico de drogas. Nós fizemos inúmeras operações de combate ao tráfico, prendemos centenas de pessoas que praticavam esse crime, e o resultado está na queda acentuada e contínua dos crimes violentos, o que nos traz satisfação”, considera.

Entrevista com Fernando Pires Branco, delegado responsável pela Delegacia de Polícia de Sapiranga

Jornal Repercussão – Uma das operações promovidas no ano passado que mais teve repercussão foi a Pai de Todos. O delegado considera ela a maior aqui em Sapiranga, até o momento?
Fernando Branco – Sem dúvida nenhuma, foi a maior que nós fizemos e que qualquer um fez aqui em Sapiranga. Foram mais de 150 policiais civis envolvidos, no total da operação já foram mais de 40 pessoas presas.Então, sem sombra de dúvida, a Operação Pai de Todos é a maior operação que foi feita em todos os tempos pela polícia aqui na cidade de Sapiranga.

Jornal Repercussão – E ainda temos desdobramentos da Operação Pai de Todos acontecendo?
Fernando Branco – Certamente ainda existem reflexos da Operação, que ainda hoje ocorrem. Há vários desdobramentos que ainda acontecem.

Jornal Repercussão – Destaque algumas das ações que a Polícia Civil vem realizando para fortalecer a segurança do município. Uma delas é a já mencionada reforma da Delegacia, em parceria com o Consepro, e o Núcleo de Mediações que foi implantado.
Fernando Branco – O Núcleo está em fase de implantação, ainda está iniciando sua trajetória. Inclusive temos que qualificar outras pessoas para atuar no núcleo, pois os policiais que atuavam nele foram removidos para outras delegacias. Estamos em uma fase em que vamos ter que qualificar novos policiais para que eles possam passar para o Núcleo de Mediação.

Jornal Repercussão – E quanto ao aumento de efetivo da Polícia Civil?
Fernando Branco – Nessa última turma que se formou na Acadepol, tivemos o acréscimo no nosso efetivo de apenas dois policiais. Vários chegaram, vários foram removidos, mas o acréscimo foi de dois policiais. Dois policiais são insuficientes para se fazer uma escala de plantão. Se precisa de no mínimo quatro policiais. Então nós pretendemos, nas próximas turmas de policiais que se formarem, se nós formos contemplados com um novo acréscimo de efetivo, por menor que seja, pretendemos reabrir o plantão. Nós acreditamos que o plantão é um serviço necessário, todavia, no momento, com o efetivo que se dispõe, não se pode ter o plantão sem o prejuízo do funcionamento da Delegacia. Nós pretendemos, no futuro, reabrir o plantão. Prazo para isso? Se na próxima turma, que se forma, segundo as notícias que temos conhecimento, no início de junho desse ano, vierem novos policiais para cá, pretendemos reabrir o plantão. Mas estamos com essa condição.

Jornal Repercussão – Mais algum fato que o delegado gostaria de destacar?
Fernando Branco – Nós fomos contemplados, no fim da legislatura passada, com uma verba, pelo presidente anterior da câmara. Essa verba é para complementar as reformas da delegacia. Esse valor está contingenciado pela Prefeitura e não nos foi passado, e nós esperamos em um futuro próximo – parece que o processo está andando -, esperamos ainda no primeiro semestre desse ano sermos contemplados com esse dinheiro. O presidente anterior da Câmara destinou R$ 80 mil para complementação da reforma do prédio, pois ainda faltam bastante coisas a serem feitas, especialmente na parte interna, e esse dinheiro nunca chegou na Delegacia. Esperamos que a Prefeitura, no primeiro semestre ainda, repasse essa verba, para avançarmos nessa parte da reestruturação do prédio.

JR – E o que falta fazer, na reforma da Delegacia?
Fernando Branco – Nós temos que fazer a parte das garagens, a reforma dos cartórios, trocar o piso, as divisórias, especialmente trocar o forro. Existem várias melhorias internas que ainda precisam ser feitas. O prédio da Delegacia, na verdade, consiste em dois prédios: o prédio da frente, que foi inteiramente reformado, e o de trás, que é posterior, foi feito depois, e no qual não foi mexido. A única reforma que se fez foram melhorias nos banheiros. Tirando isso, nada foi feito. Então, essa parte de cima tem de ser reformada para ficar parecida com o que foi feito na parte da frente.