Radar multa a 1 km de distância na RS–239

Região – Os milhares de motoristas que trafegam pela RS-239, entre Novo Hamburgo e Parobé, devem aumentar a atenção. Está em operação desde fevereiro deste ano, o novo radar móvel da Polícia Rodoviária Estadual de Sapiranga. O aparelho é utilizado para coibir o excesso de velocidade e chega para tentar frear o alto número de mortes violentas na RS-239 em 2014: somente nos primeiros cinco meses do ano foram nove vítimas fatais.
Conforme o comandante do grupo rodoviário de Sapiranga, Dalvo Tadeu da Silva Rocha, o novo radar móvel chegou para facilitar a identificação dos motoristas que excedem os limites de velocidade. “Estamos flagrando, em média, dois mil condutores todos os meses”, revela. Desde que entrou em funcionamento, o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), em Sapiranga flagrou mais de seis mil motoristas acima dos limites de velocidade permitidos na RS-239, que é de 80 km/h.
Conforme o comandante, o radar tem a capacidade de identificar condutores acima do limite de velocidade a uma distância de até mil e duzentos metros (1,2 km). “Depois do flagrante, uma vez por semana, os dados são coletados e despachados, e posteriormente, enviado aos condutores”, explica.
Investimentos do Estado
O Governo do Estado comprou 30 radares móveis para a utilização dos policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar e seus grupos regionais (inclusive o de Sapiranga). Os antigos radares continuarão sendo utilizados, mas flagram o excesso de velocidade de motoristas quando os veículos estão a 300 metros do local da medição.
A compra dos equipamentos ocorreu através de uma disputa que envolveu apenas uma empresa (a Laser Bach),  que venceu a concorrência pública. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) foi o responsável pela transação. A compra dos equipamentos custou aos cofres públicos R$ 3,1 milhões.
Hoje, o Comando Rodoviário dispõe de 52 radares. Os mais novos são de 2005. Os equipamentos antigos têm dificuldade em registrar excesso de velocidade à noite. Parte deles não registra foto, necessitando que policiais façam a abordagem do motorista que comete a infração. “Este é um diferencial do novo equipamento. Os policiais não precisarão estacionar em locais inadequados, como ocorria até então”, conclui.