Produtos falsificados apreendidos em Campo Bom podem ser doados para pessoas carentes

Campo Bom – Uma mega operação desencadeada às 10 horas da manhã desta sexta-feira, 24 de maio, pela Delegacia de Polícia Civil de Campo Bom, coordenada pelo Delegado Clovis Nei da Silva, apreendeu 705 peças de roupas e itens de vestuário falsificados na Feira do Brás, realizada na Avenida Brasil, em Campo Bom.

Denominada de “Operação Três Listras”, nome adotado em alusão a marca Adidas, em que os produtos falsificados eram baseados, a operação contou com a atuação de 18 policiais civis (Campo Bom, Sapiranga, Nova Hartz, Dois irmãos e da 1ª DP de Novo Hamburgo).

De acordo com o Delegado Clovis Nei da Silva, a falsificação é um crime contra a propriedade material. “A  empresa soube que os produtos dela estavam sendo comercializados aqui nessa feira, e encaminharam a denúncia crime, requerendo que fosse aberto uma investigação a respeito dos produtos. Fomos até o local verificar se realmente havia o comércio desses produtos, e hoje então desencadeamos esse trabalho para fazer a apreensão desse produtos pertencentes a marca Adidas”, explica o delegado.

Silva explica ainda que as pessoas pegas comercializando os produtos falsificados eram em sua maioria estrangeiros, e que eles foram identificados e inqueridos no local. “No local foram apreendidas as mercadorias, e as pessoas que estavam comercializando esses produtos foram identificadas, e no local mesmo colhemos as declarações. Eram muitos estrangeiros, havia pessoas de Bangladesh, bolivianos, egípcios, nigerianos. Todo o Brasil agora tem identidade provisória, em razão disso identificamos eles, tiramos fotografias, fotografias dos documentos, para seguir com o procedimento policial”, revela.

O delegado de Campo Bom ainda explica que será realizada uma perícia e que posterior ao processo policial, será sugerido que os itens apreendidos sejam repassados à instituições sociais que auxiliam pessoas carentes. “Vamos encaminhar uma amostra do material para periciar com o IGP, e a nossa ideia, depois que a empresa fizer a descaracterização do material é de doar para entidades assistenciais ou pessoas carentes, com autorização judicial. Vamos fazer esse pedido”, revela Clovis Nei da Silva, delegado da Polícia Civil de Campo Bom.

Falsificação gera prejuízo bilionário a marcas em todo o mundo

De acordo com legislação vigente, a apreensão de produtos manufaturados piratas depende de representação criminal por parte do fabricante original da marca. Esta representação criminal ocorreu, devido a prejuízos que a contrafação causa aos produtos da requerente. Ainda, uma representante da marca Adidas acompanhou toda a operação de vistoria nas cerca de 30 bancas participantes da feira itinerante (Feira do Brás).

De acordo com a Polícia Civil, a pirataria lucra cerca de US$ 522 bilhões por ano mundialmente, valor superior ao tráfico de drogas em mesma escala.

Foto: Polícia Civil