Policiais e familiares vão às ruas e protestam na região

Operação padrão | Servidores públicos estaduais em estado de greve

Região – A mobilização dos funcionários púbicos estaduais, consequência do parcelamento dos salários colocada em prática pela Secretaria da Fazenda, geram reflexos em todos os municípios. Entre as categorias que estão mais mobilizadas e que têm demonstrado sua contrariedade nas ruas estão os professores, os policiais militares, civis e os bombeiros. Desde a segunda-feira (3), as delegacias da Polícia Civil suspenderam toda e qualquer ação e operação policial até a integralização do subsídio referente ao mês de julho. A exceção fica por conta dos casos graves e flagrantes de delitos. Situações de perda de documentos devem ser encaminhadas via Delegacia On Line.

A Brigada Militar, responsável pelo policiamento ostensivo no estado, tem administrado a insatisfação dos policiais. Em Sapiranga, um boneco com farda de brigadiano enforcado de forma simbólica, foi pendurado no viaduto da RS-239, entre os bairros Centro e São Luiz. Viaturas que possuem algum tipo de documentação atrasada ou que apresentam irregularidades (pneu sem condições de rodar, falhas mecânicas ou elétricas) estão sendo deixadas estacionadas. Com isso, o policiamento está sendo feito a pé pelos policiais, em alguns casos.

Associação Ferrabraz se posiciona

Para o presidente da Associação Beneficente Ferrabraz, que reúne policiais do 32º Batalhão de Polícia Militar, sargento Dalvo Rocha, a entidade seguirá as outras associações dos servidores públicos. “No dia 18, teremos um encontro mais definitivo, onde traçaremos melhor os rumos. Porém, desde a segunda-feira (3), estamos adotando uma postura mais legalista no serviço do policiamento”, cita.

O presidente da entidade se refere às iniciativas dos policiais de trabalharem, muitas vezes, na cara e na coragem, com falta de estrutura e de equipamentos. “Iremos nos preservar e trabalhar com a legislação embaixo do braço. Por amor à instituição e na ânsia de prestar um bom serviço, os policiais arriscam a própria vida”, destaca. Com esta postura, a intenção da entidade é forçar o comando a providenciar melhores condições aos servidores.