Polícia suspeita que campo-bonense desaparecido possa estar morto

Campo Bom – O caso do adolescente, Afonso Henrique Ferrão, 17 anos, desaparecido desde 30 de novembro de 2018, segue como um mistério para a Polícia Civil campo-bonense. O rapaz, que saiu da casa onde morava com a mãe após pedir R$ 10,00 para encontrar amigos na área central do Município, não foi mais encontrado desde às 21 horas daquela noite.

À polícia, familiares explicaram que o rapaz morava com a irmã e a mãe, em uma residência humilde do bairro Jardim do Sol. Além disso, Ferrão não estudava e não trabalhava há algum tempo. Um dos agravantes nesse contexto é que o menor foi apreendido pela polícia em três oportunidades por tráfico de drogas. Uma das suspeitas que ganha mais força entre os policiais civis é de que o jovem tenha sido assassinado por alguma facção criminosa.

Logo após o desaparecimento do menor, os policiais civis efetuaram buscas em um ponto de tráfico na região do Jardim do Sol na tentativa de localizar pistas e encontrar o paradeiro do menor, mas a incursão não logrou êxito na oportunidade.

No bairro onde Afonso Henrique Ferrão morava, a Polícia Civil buscou pistas e vestígios que pudessem levar ao paradeiro do menor. Mas, como é comum neste tipo de caso, a lei do silêncio entre testemunhas, vizinhos ou conhecidos da provável vítima tem falado mais alto: ninguém comenta nada sobre o caso ou indica uma pista que possa levar ao jovem, ao corpo de Afonso ou ao paradeiro onde possa estar sendo mantido escondido. Afonso não tinha celular, pois o aparelho foi apreendido durante uma das apreensões da qual foi alvo pela Brigada Militar. Por diversas vezes, a Polícia Civil procurou na região Metropolitana por eventuais cadáveres que pudessem ser de Afonso, mas sem sucesso.

Outros detalhes do crime

A irmã de Afonso, Bárbara Ferrão, conversou com a reportagem e explicou outros detalhes do caso do desaparecimento. “Depois do desaparecimento, fizemos o Boletim de Ocorrências e desde então ele está sendo procurado. Não temos, ainda, nada de concreto. Após o domingo, na terça-feira, publicamos a situação na internet e pedimos ajuda com informações. Porém, vieram muitas informações desconexas e de que ele estaria morto ou enterrado. Mas, quando perguntamos o local ninguém sabe dizer ao certo. Outras pessoas dizem que ele levou um tiro no pé e dizem que largaram ele em um mato, mas que ninguém sabe onde fica”, relata a irmã de Afonso.

Afonso, de 17 anos, estudou até o 1º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Ildefonso Pinto, em Campo Bom. “Ele não tinha desafetos e sempre foi muito educado com a família, a mãe dele e os amigos. Quando eu pedia ajuda para ele, sempre estava disponível para ajudar. Desde o desaparecimento, me cadastrei em dois grupos de desaparecidos para tentar encontrar informações sobre o Afonso. Só vamos acreditar que ele está morto quando encontrarmos o corpo. Enquanto não houver corpo, acreditamos que ele esteja vivo e vamos esperar ele voltar”, cita Bárbara, mantendo a esperança de reencontrar o irmão.

Foto: Arquivo Pessoal