Polícia identifica e prende mais três elementos que extorquiam empresários

Sapiranga – No fim de 2019 e o começo deste ano, empresários e comerciantes de Sapiranga, Igrejinha entre outras cidades foram ameaçados por facções criminosas e extorquidos. Logo que as mensagens que eram disparadas por um número de celular (imagem acima ao lado) as vítimas eram coagidas a repassar valores aos autores do crime.

Quando os casos começaram a surgir, a Delegacia da Polícia Civil de Sapiranga entrou em ação, identificou os autores das mensagens e conseguiu prender três membros desta facção. Mesmo com a resolução parcial do caso, o delegado de Sapiranga, Fernando Pires Branco, manteve o inquérito em curso, e recentemente, identificou outras três pessoas envolvidas no esquema criminoso: duas mulheres (companheiras dos marginais presos no início de 2020) e um indivíduo do sexo masculino. As idades e nomes não serão reveladas devido a nova Lei de Abuso de Autoridade.

Fernando Branco revelou à reportagem que no ápice dos episódios ocorreram seis casos: “Teve um período em que essa quadrilha estava coagindo frequentemente às vítimas. Porém, só até o momento em que saiu na imprensa que estava m ocorrendo esses crimes”, detalhou o delegado.

A Polícia Civil apurou e constatou que a facção identificava os números comerciais dos alvos e exigiam pagamentos de até R$ 10.000,00 dos proprietários. Entre os argumentos de coação que os marginais usavam estavam subterfúgios, que através do pagamento do pedágio, o estabelecimento comercial estaria mais seguro.

Na ação da DP de Sapiranga, na semana passada, os policiais civis comandados pelo delegado Fernando Branco cumpriram mandados de prisão preventiva de duas mulheres integrantes do esquema (uma de Novo Hamburgo e outra de Taquara) e de um elemento, de Sapiranga. Todos foram localizados e direcionados ao sistema prisional onde responderão aos crimes de extorsão e formação de quadrilha.

Uma das vítimas chegou a efetuar pagamentos para integrantes da quadrilha

Os integrantes da quadrilha que coagia empresários locais eram os responsáveis pela parte de logística, ou seja, forneciam contas bancárias e buscavam o dinheiro nos casos em que conseguiam amedrontar as vítimas: “Nos empenhamos e conseguimos material comprobatório de que a quadrilha conseguiu resgatar valores junto à uma das vítimas”, explicou Fernando Branco.

Nas mensagens enviadas aos alvos, os membros da quadrilha prometiam incendiar e atirar contra os comércios através da ação dos integrantes da facção.

Delegado avalia

“Esse tipo de ação criminosa exige repressão imediata. Não podemos aceitar que criminosos cobrem tarifa pela segurança de estabelecimentos de nossa cidade. Esse tipo de ação, além de ser abusiva aos cidadãos, capitaliza ainda mais os criminosos, fazendo com que, em pouco tempo, seja irreversível a retomada do controle por parte do poder público”, declarou Branco.