Polícia Civil prende líder da D9 Trader em Sapiranga

Fim do esquema | Um dos líderes da D9 Trader foi preso nesta quarta-feira (16), após prestar depoimento

Sapiranga – Um esquema criminoso é alvo de investigação do Ministério Público (MP) e da Polícia Civil. Integrantes de uma empresa de fachada – D9 Trader – que não possui escritório ou sede, são investigados por enganar pessoas que buscam ganhos financeiros acima dos ofertados pelos meios legais (bancos e imóveis, por exemplo). O Ministério Público argumenta que o golpe é aplicado por meio de um site, que funcionaria como um jogo de apostas em campeonatos de futebol. Um dos lemas do grupo investigado é “ganhe dinheiro assistindo futebol”.

No mês de junho, o escritório de advocacia Aladdin Advogados recebeu os primeiros clientes vitimados pelo esquema. “Para aderir ao grupo, o interessado precisava adquirir cotas e cada cota custava U$$ 2.000 dólares (ou R$ 6.750,00). Há casos de vítimas que adquiriram quatro cotas. Com o passar dos dias, mais pessoas lesadas pelo esquema me procuraram, e no momento, temos um grupo de 30 pessoas prejudicadas pelo esquema”, relata o advogado Elayyan Taher Aladdin.

Desta forma, há cerca de 15 dias, uma notícia-crime foi apresentada no Ministério Público de Sapiranga, fato que desencadeou uma operação da Polícia Civil.

Busca e apreensão

Na sexta-feira (11), a Polícia Civil de Sapiranga cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do líder do esquema. Conforme o MP e a Delegacia de Sapiranga, o golpe lesou pessoas em vários municípios do Vale do Sinos. No apartamento do investigado, os policiais recolheram dois automóveis de luxo (Chevrolet Camaro), um Hyundai Elantra, R$ 14 mil em dinheiro vivo, computadores, tablets e celulares. Em cumprimento de um novo mandado de busca na quarta-feira (16), a Polícia Civil apreendeu também um veículo Ford Fusion e uma motocicleta CB 300. No esquema, eram prometidos lucros acima do normal a quem participasse.

Promotor cita que grupo é comandado por indivíduo da Bahia e possui membros na região

O promotor de Justiça Sérgio Cunha de Aguiar Filho e o delegado de Polícia Fernando Branco investigam as ramificações do grupo criminoso, chefiado por um indivíduo residente em Itabuna, na Bahia. A D9 iniciou as atividades no final do ano passado e suspeita-se que possa haver uma conexão internacional com outro empreendimento de mesmo nome, que já fez vítimas em diversos continentes. A suspeita é de que tenham ocorrido crimes contra a economia popular, estelionato e lavagem de dinheiro. A prisão do acusado foi decretada nesta quarta-feira (16), quando ele prestava depoimento à Polícia. “Ao final do depoimento, durante o qual permaneceu em silêncio, lhe foi apresentado mandado de prisão e o prendemos”, disse o delegado Branco. As investigações do caso continuam.

Quer ler o restante desta notícia? Assine a edição impressa do Jornal Repercussão. Ligue para: (51) 3064-2664

Crédito da foto: Polícia Civil