Região – Policiais civis de Sapiranga e Parobé localizaram a cova onde o ex-namorado da jovem, Eduarda Borges Fagundes, de 16 anos, ocultou o corpo após executar a adolescente com um tiro na cabeça.
Os restos mortais da adolescente foram encontrados enterrados às margens de uma estrada rural, na localidade de Pega Fogo, em Taquara. Foi necessário pás e enxadas para conseguir retirar a ossada da menina, que estava desaparecida desde 9 de dezembro de 2021.
A Delegacia de Sapiranga entrou no caso após diversos indícios apontarem que o ex-namorado, de 21 anos, esteve no mesmo local da vítima no mesmo instante em que ela foi executada. “Com diversos indícios apontando a ligação dele com o crime, solicitamos a prisão temporária dele. Com o apoio de nove policiais de Sapiranga e outros três de Parobé, cumprimos cinco mandados de busca e apreensão em diferentes endereços. Quando chegamos na casa do principal alvo (o ex-namorado), ele ainda tentou fugir, mas acabou preso”, detalha o delegado, que explicou ainda, que instantes depois da prisão do indivíduo, a polícia recebeu através de denúncia anônima, o provável local onde a jovem foi executada e o corpo ocultado.
Consciente da necessidade de um exame necropsial para comprovar que a ossada é de Eduarda, o delegado Fernando Branco foi categórico. “Não temos dúvidas frente a outros indícios que localizamos no local, como as roupas que ela estava usando no dia que desapareceu, que se trata da Eduarda.”, atesta Branco.
Execução com requintes de crueldade. Investigação vai continuar nas próximas semanas
Logo que os investigadores retiraram da cova partes da ossada da jovem Eduarda, foi constatado que a vítima apresentava no crânio uma perfuração por arma de fogo, e além disso, foi possível ter a comprovação de que o corpo foi queimado, provavelmente, para impossibilitar o reconhecimento e destruir eventuais resquícios de provas que pudessem levar a polícia aos autores do crime. “A partir de agora, vamos nos debruçar para esclarecer se outras pessoas e criminosos participaram da ação”, relatou o delegado Fernando Branco, que disse ainda que o ex-namorado só conversou informalmente com os policiais. “Mas, ele confessou que matou ela com um disparo de arma de fogo na cabeça”, disse o delegado de Sapiranga, que acredita que a vítima foi morta no local onde a ossada foi encontrada.
Próximo de antiga pedreira
O local onde os restos mortais de Eduarda foram encontrados fica bem próximo de uma antiga pedreira existente na localidade. Na área da ocultação do cadáver da vítima, foi possível perceber diversos pneus delimitando uma área. E, o corpo da vítima, estava a cerca de 100 metros da estrada do interior de Taquara.
Com pás e enxadas, os 12 agentes das delegacias iniciaram a escavação do local onde a jovem foi enterrada. A ação demorou cerca de 40 minutos até que os policiais conseguissem fazer uma varredura da área onde o corpo de Eduarda foi ocultado.
Quando os policiais perceberam que as vestimentas de Eduarda condiziam com as informações coletadas anteriormente, veio a certeza de que se tratava mesmo da vítima.
Mensagens de apoio na internet
Logo após a notícia de que a Polícia Civil localizou a cova e a ossada onde Eduarda foi morta e ocultada, amigos e familiares postaram inúmeras mensagens em diferentes perfis nas redes sociais. “Meus sentimentos à família e amigos que estão passando por esse momento tão difícil. Mas, tenho certeza, que Deus tarda mas não falha. Ele (o autor do assassinato), vai pagar muito caro pelo o que ele fez, vai ser pior do que ele fez pra ela”, descreveu um conhecido da vítima.
Relembre o caso
A jovem Eduarda Borges Fagundes, de 16 anos, foi vista pela última vez em 9 de dezembro, quando foi visitar uma amiga no bairro Cohab, em Parobé. No dia seguinte, a família registrou o desaparecimento, e desde a data, a polícia coletava depoimentos e informações que pudessem indicar o paradeiro de Eduarda.
Alguns dias após o desaparecimento, a família fez manifestações na tentativa de mobilizar a região para encontrar Eduarda. Sobre o ex-namorado, a família não chegou a conhecê-lo pessoalmente.