O melhor amigo da população em ação pela segurança das cidades

Reforço | Cães auxiliam policiais civis e militares em diversas operações

Região – Que o cachorro é o melhor amigo do homem, todos sabem. Mas, na região, eles não são apenas isso: são, também, um reforço na segurança da comunidade. Para auxiliar nas atividades da força policial, os agentes da segurança por vezes contam com a ajuda de cães, que são treinados para participar das ações.

Em Sapiranga, os agentes da Polícia Civil (PC) contam com uma labradora para desenvolver essa função. Há oito meses auxiliando os policiais civis, a cadela Lady já colaborou em diversas ações – como exemplo, os agentes estiveram recentemente em uma residência no bairro Oeste e, durante a ação, Lady encontrou drogas, que haviam sido enterradas no pátio da casa. Conforme a PC, a principal vantagem de utilizar cães em suas operações é justamente o olfato aguçado do animal, que tem um alcance diferenciado. Por isso, operações nas quais os policiais buscam drogas são as que mais contam com o aúxilio dos cães.

O canil de Campo Bom

Em Campo Bom, o canil da Brigada Militar (BM) conta com o auxílio de seis cães. O mais experiente deles é a cadela Lunna, da raça pastor belga de malinois. Um dos outros cães, o Xirú, também é da mesma raça, enquanto que os outros ajudantes de quatro patas são da raça pastor alemão.

Conforme Genilson Dias, soldado do canil da Brigada Militar de Campo Bom, a maioria dos seus cães ainda estão em formação. “A maior “estrela” do canil é Lunna, que está em serviço pelas forças policiais há seis anos”, conta Genilson. O efetivo do canil é composto por Genilson e mais dois soldados, Patrick Faria e Bruno da Silveira da Silva. Genilson conta que cada cão é cuidado por um soldado específico, para trabalhar a amizade e disciplina do animal.

Treinamento e socialização dos cães no canil da BM de Campo Bom

O soldado Genilson Dias destaca algumas atividades que são desenvolvidas com o auxílio dos cães do canil da BM de Campo Bom. “Eles trabalham com os policiais, no policiamento mesmo. Podem trabalhar no presídio, por exemplo: ajudam na contenção dos presos, realmente fazendo trabalho de guarda. Se os presos estão no pátio, enquanto os policiais fazem revista no presídio, os cães ficam de guarda para que os presos não saiam do presídio. Há outras funções, como as buscas através do faro. Os cachorros são úteis para encontrar drogas, por exemplo. Também participam do nosso trabalho voluntário. Já fizemos apresentações para as crianças da APAE com os animais, pedimos para eles deitarem, rolarem…as crianças adoram as brincadeiras e é uma maneira de trabalhar a interação das crianças com os animais”.

Como exemplo de uma ação exitosa das forças policiais que tiveram auxílio dos cachorros, Genilson lembra de um caso em que a cadela Lunna colaborou em uma apreensão de drogas. “A última grande ação foi quando a Lunna achou oito quilos de cocaína em um fundo falso que havia em um carro abordado pela Polícia Civil.” A operação citada pelo soldado Genilson ocorreu em 24 de julho deste ano. A Polícia Civil fazia busca de drogas em veículos e contou com o apoio do canil. A cadela Lunna encontrou os oito quilos da droga em um veículo Meriva que foi fiscalizado na ocasião.

Os soldados do canil da Brigada Militar de Campo Bom cuidam de seus cães desde que são pequenos, conta Genilson. “O Xirú, por exemplo, é um cão que está comigo desde seus quarenta dias de vida. Desde que ele chegou, a gente faz trabalhos de socialização com ele, levamos ele para vários ambientes e procuramos colocar ele em várias situações pelas quais ele vai passar ao longo da vida, em locais onde ele vai trabalhar. Assim, ele vê que aqueles ambientes e situações não oferecem risco para ele. Depois de um certo tempo que o cachorro está conosco, começamos a fazer serviços com ele, como o serviço de guarda. Trabalhamos o controle do cão e até o próprio faro, que nada mais é do que fazer uma brincadeira com o cão: tu esconde a bolinha e ele procura”. Conforme Genilson, o tempo necessário para que os cães fiquem prontos para o serviço vai de cada animal. “Isso vai de cada um, mas o cão normalmente está pronto mesmo depois de um ano e meio ou dois anos. O cão também tem tempo de serviço: depois de dez anos, ele é aposentado”, explica o soldado.