Número de armas apreendidas pela BM chega a 228 em 2014

Região – A média de armas retiradas das mãos de criminosos espanta. Dados obtidos exclusivamente pelo Jornal Repercussão mostram que os destacamentos da Brigada Militar na área do 32º Batalhão (que abrange 12 municípios) tirou mais de 228 armas de circulação e que estavam à serviço do crime organizado.
De diferentes calibres, os armamentos eram utilizados, em sua maioria, para a prática de crimes como o roubo, furtos e até para atacar agências bancárias – como as duas ações que ocorreram em Lindolfo Collor, a cerca de 60 dias.
O major e comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar de Sapiranga, Marcelo Carpes, diz que estes índices mostram a forte atuação da Brigada no combate ao crime. “Significa, que a cada três dias, recolhemos uma arma de fogo, através do nosso trabalho”, explica.
Um histórico de Campo Bom e Sapiranga
>Os municípios do 32º Batalhão de Polícia Militar que mais possuem registro de recolhimento de armas de fogo são Campo Bom e Sapiranga.
>O capitão da Brigada Militar de Campo Bom, Luciano da Cunha Veríssimo destaca que a sua Companhia recolheu 17 armas de fogo em 2013, e, nestes primeiros meses de 2014, seus homens tiraram das ruas outras 15 armas.
>Em Sapiranga, o major e comandante da Brigada Militar, Marcelo Carpes revela que o Batalhão recolheu das ruas 113 armas, e,  neste ano, a apreensão já é recorde: foram 115 armas, uma medida de uma arma a cada dois dias recolhidas pela polícia.
>Para o tenente-coronel, Carlos Armindo Thomé Marques as pessoas que pensam que as armas apreendidas pelos policiais militares nas Operações Fecha Quartel e Retomada são originárias do tráfico de armas e do contrabando, estão enganadas. “Na sua maioria, são armas que foram roubadas ou furtadas. A maioria possui uma história, registro e tiveram, anteriormente, um proprietário”, explica o militar.
>Sobre os armamentos pesados identificados pelos policiais militares da região, Marques, que é o responsável pelo Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Rio do Sinos (CRPO/VRS), aí sim, acredita que exista forte ligação com o contrabando e o tráfico. “Metralhadoras, pistolas e espingardas recolhidas em Sapiranga e Estância Velha, por exemplo, nos últimos meses, possuem a ligação com o contrabando de armas”, destaca.
>O coronel Marques ainda faz uma reflexão sobre aqueles cidadãos que possuem arma de fogo. “Não adianta a pessoa ter uma arma guardada e não possuir a prática. Se ela reagir em uma situação de perigo, ela pode, inclusive, colocar a sua vida e a vida dos familiares em perigo. É ilusório pensar que com uma arma guardada em casa o cidadão estará protegido”, alerta, em sua função de responsável pelo policiamento no Vale do Sinos.