Morte de Júlio completa 9 meses e dois homens continuam presos

Processo em andamento | Dois acusados pelo crime estão presos. Outro responde pelo crime em liberdade

Sapiranga – No final do ano passado, o caso da morte do jovem sapiranguense Júlio César da Silva, de 28 anos, que foi sequestrado em 21 de novembro, chocou e comoveu os moradores do município. Mais de nove meses depois, o caso segue em andamento no Fórum sapiranguense e dois homens continuam presos por envolvimento no crime.

Ao todo, entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano, três homens haviam sido presos por envolvimento no caso, em Charqueadas, na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ). Porém, em abril, a Justiça mandou soltar o empresário Eloir Sartori Quiestes, o Bichinho. Após ser absolvido pelo Tribunal de Justiça, em maio, Quiestes voltou a ser réu e responde em liberdade no caso.

Outro réu do caso, André Norberto Reinheimer, o Bebidinha, havia solicitado habeas corpus no final de abril, mas teve sua solicitação negada. Assim, Reinheimer e Régis Adriano da Luz, ainda estão presos na PEJ, em Charqueadas.

De acordo com o promotor de Justiça, Sérgio Cunha de Aguiar Filho, não há data para audiências ou julgamentos dos réus na Comarca de Sapiranga, em virtude de análises periciais.

Processo indica que não deve haver júri popular

Júlio César da Silva foi sequestrado em 21 de novembro, e seu corpo foi encontrado no dia 27 de novembro por um morador no Loteamento Altos da Floresta, em Estância Velha. O inquérito da morte de Júlio foi concluído pela Polícia Civil em fevereiro e encaminhado ao Ministério Público. O processo está em andamento no Fórum de Sapiranga e, por enquanto, deve ser julgado por um juiz e não júri popular. “Por enquanto, ele é considerado como um crime patrimonial com morte da vítima. No curso da instrução, se for verificado uma motivação com o objetivo tão só da morte da vítima, haveria alteração da acusação. Mas, no momento, o crime é extorsão mediante sequestro da vítima, quando o objetivo é propriamente o dinheiro, e a morte agrava severamente a pena”, explica o promotor de Justiça, Sérgio Cunha de Aguiar Filho.