Morte de jovem na RS–239 em Campo Bom eleva para 23 as vítimas fatais na rodovia em 2014

Campo Bom – O quilômetro 19 da
RS-239, na divisa de Campo Bom e Novo Hamburgo, voltou a registrar um acidente
com morte. Por volta das 18 horas da quarta-feira (3), o jovem Gilmar Bueno
Freire, 20 anos, morador do bairro São José, em Novo Hamburgo, morreu após ser
atropelado por uma caminhonete L 200, de propriedade do Governo Federal. Antes
do atropelamento, o rapaz teve a sua moto atingida por um automóvel Chevette (placa
BOF-4491 de Estância Velha) que estava saindo da Av. Bahia com a intenção de
fazer o retorno existente no local, para seguir viagem à Estância Velha.

Um ex-colega de Gilmar conversou
pelo WhatsApp com a vítima, momentos antes do acidente. O jovem tinha acabado
de sair de casa e seguia para o seu trabalho, mas acabou morrendo a 500 metros
da empresa de logística ECX Global, onde trabalhava no setor de expedição. No
próximo dia 15 de dezembro Gilmar sairia de férias.

A caminhonete que acabou
atropelando o jovem pertence ao II Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle
de Tráfego Aéreo (CINDACTA). O motorista voltava de Taquara onde foi
inspecionar o funcionamento das torres de transmissão que captam e transmitem
sinais de aeronaves. A base na Região
Metropolitana fica junto ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto
Alegre.

Todos os veículos envolvidos no
acidente (o Chevette, a caminhonete L 200 e a motocicleta de Gilmar, uma CB 300,
placa ISL-0213) foram levados para o Centro de Remoção e Depósito (CRD) de
Campo Bom.

Acidente traz à tona novamente excesso de retornos no local

O trecho onde o jovem Gilmar
Bueno Freire morreu na quarta-feira (3) é um dos mais de 60 retornos existentes
no trecho duplicado da RS-239, entre Novo Hamburgo e Taquara, que é de pouco
mais de 38 quilômetros. Em mais de uma oportunidade, os vereadores de Campo Bom
encaminharam solicitações à Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), solicitando o
fechamento do retorno do quilômetro 19 (local onde Gilmar morreu), mas até
hoje, a solicitação não foi atendida. O presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto,
admitiu em entrevistas meses atrás ao Jornal Repercussão, que é necessário
fechar alguns retornos, mas até o momento, nenhuma providência foi tomada.