Inquérito sobre morte por overdose é concluído

Longa investigação | Polícia Civil de Sapiranga conclui inquérito policial do caso e indicia por homicídio e tráfico de drogas

Sapiranga – Após uma longa investigação, a Polícia Civil indiciou cinco pessoas por tráfico de drogas e uma adolescente, pelo homicídio de Larissa Zefferino, de 16 anos, que morreu por overdose após participar de uma festa rave em Sapiranga – o laudo pericial confirmou que Larissa morreu em virtude de overdose de ecstasy. A adolescente indiciada pelo homicídio era amiga de Larissa, e a Polícia Civil constatou que a amiga fornecia e dosava a droga para a vítima. A comprovação veio após análise de equipamentos como telefones celulares. O irmão da adolescente foi indiciado por falsificação de documentos, pois forneceu identidade falsa para a vítima entrar na festa rave.

Além disso, o dono do estabelecimento, no bairro São Luiz, foi indiciado por tráfico de drogas. “É um crime da lei de drogas que consiste em consentir que as pessoas trafiquem naquele local”, explica o delegado de Sapiranga, Fernando Branco. Além do dono, mais quatro pessoas foram indiciadas pelo mesmo crime. “Conseguimos descobrir o que aconteceu. Foi uma investigação demorada e trabalhosa, mas as pessoas foram indiciadas e responderão na Justiça por isso. Descobrimos todos os passos do que aconteceu: quem fornecia a droga, quem forneceu o documento, de onde compraram a droga e responsabilizamos os donos do local, por permitir que o tráfico acontecesse”, considera.

Advogado de indiciado nega crime do cliente

O advogado do dono do estabelecimento afirma que ainda não tem conhecimento de que seu cliente foi indiciado. “Eu, na condição de defensor dele, nego que ele tenha praticado qualquer ato ilícito dessa natureza, no exercício da profissão dele. Quem o conhece sabe do caráter dele, que ele jamais faria uma coisa dessas. Pelo fato de uma menina ter, segundo o laudo, ido a óbito por overdose, não pode ser dito que o dono do estabelecimento traficava substâncias entorpecentes ou ilícitas. Considero um absurdo, um exagero, o que o doutor delegado fez, se é verdade. Pois não sabemos de nada, não fomos intimados. Isso está ainda com o promotor público para análise, se ele vai denunciar ou não”, ponderou o advogado.