Homem confessa ter matado desafeto a tiros em Nova Hartz

Suspeito confessou ter matado vítima e depois jogou a arma na barragem do Arroio da Bica (Foto: Polícia Civil)

Nova Hartz – O primeiro homicídio do ano está prestes a ser esclarecido em Nova Hartz.
Um dos suspeitos confessou ter matado Paulo Roberto Langer, 35 anos, na saída de um baile na noite de sexta-feira (1). Ele foi executado com três tiros na cabeça na frente da esposa, na rua Amazonas. O homem se apresentou na delegacia acompanhado do advogado na segunda-feira (4) e, por estar colaborando com a investigação, responde pelo crime em liberdade. O pai e um irmão do assassino confesso também são investigados e, ao serem ouvidos, apresentaram a mesma versão.

No depoimento ao delegado Rogério Baggio, o irmão que confessou o crime relatou que a confusão iniciou quando um músico teria “mexido” com a esposa da vítima. Paulo teria, então, agredido o artista e pai e filho teriam apartado a briga. “O que confessou ter matado contou que estava em casa e, quando soube da briga, foi até o local”. Paulo foi expulso da festa e, conforme o suspeito, estava armado. Afirmando ter agido em legítima defesa, ele conseguiu tirar a arma da vítima e lhe atingiu com os disparos. Depois, jogou a arma na barragem do Arroio da Bica. A vítima e os três investigados se conheciam. Há um registro em que pai já havia sofrido uma tentativa de homicídio praticada por Paulo.

Testemunha conta versão diferente e diz que pai e filhos mataram o marido

Enquanto um dos filhos assume a autoria e garante que o outro irmão e pai não estavam no momento dos tiros, a esposa da vítima prestou depoimento com versão divergente. Após deixar o baile, segundo ela, o marido foi vítima de uma emboscada do pai e filhos. Paulo foi cercado pelos acusados e alvejado com três disparos na cabeça. “Ouvimos ela no sábado e a versão dela coloca os três suspeitos da cena do crime. Ela conta que houve uma briga dentro da festa, se afastaram e quando estava indo embora com o companheiro, já perto do carro, foram surpreendidos por uma tocaia. Um dos irmãos (que confessou) teria atirado e o outro irmão e pai também estavam junto”, explicou o delegado.

Em busca de mais testemunhas

O delegado Rogério explica que a investigação busca por mais testemunhas e provas que possam confirmar qual das versões é a correta da noite do crime. “Temos um irmão confessando o crime e afirmando que o pai e o outro irmão não estavam no momento dos disparos e temos a companheira afirmando que os três fizeram a tocaia e mataram Paulo. Precisamos esclarecer esses depoimentos divergentes”.

Uma das provas que pode auxiliar na elucidação é a arma. Rogério não descarta pedir ajuda dos bombeiros voluntários para tentar localizá-la dentro do arroio, que tem uma grande dimensão. “Não vamos conseguir digitais na arma, em razão da água, mas há outros detalhes que podem ajudar. Exemplo é a quantidade de disparos feitos”, comentou o delegado.

A localização de mais testemunhas que tenham presenciado os disparos à queima-roupa na vítima também é um dos pontos citado pelo delegado Rogério. “Estamos fazendo diligências e tentando descobrir mais pessoas que possam ter visto, de fato, o que aconteceu. Isso é muito importante para que possamos confrontar os depoimentos já prestados pelo irmão que confessou e a esposa da vítima”.