Forças policiais de Sapiranga registram a menor incidência de assassinatos em mais de meia década

Sapiranga – Os números recentes comprovam que houve significativa baixa nos números de homicídios registrados em Sapiranga. Os dados foram divulgados pela Delegacia de Polícia Civil (DP) do Município ao Jornal Repercussão. O titular da DP sapiranguense, delegado Fernando Pires Branco, avalia os números apresentados nos últimos seis anos. “A acentuada queda é a consolidação do que vem sendo feito no combate às facções desde 2015, quando assumi a delegacia. O combate ao tráfico e aos crimes violentos, e a prisão dos principais líderes de facções em Sapiranga, foram determinantes para as reduções”, declarou Branco. Com um total de seis assassinatos no ano passado, por exemplo, o número de homicídios em Sapiranga, é quatro vezes menor do que em 2014, ano em que a cidade apresentou expressivas 28 mortes violentas. Mesmo com a vertiginosa queda anual nos números, as forças de segurança estão atentas para que as estatísticas não aumentem nos últimos meses deste ano.

Total de casos
2019 – 4 homicídios
2018 – 6 homicídios
2017 – 20 homicídios
2016 – 19 homicídios
2015 – 20 homicídios
2014 – 28 homicídios
Fonte: Polícia Civil

Consepro fala em excelência no trabalho dos órgãos de segurança em Sapiranga

De acordo com o presidente do Consepro de Sapiranga, Flávio Barth, os resultados são fruto do trabalho de excelência dos órgãos de segurança. “Destaco a atuação de nossa delegacia de polícia, assim como Brigada Militar, que mesmo com efetivo reduzido tem atuado com eficácia”, disse. Barth destacou que em uma reunião do Consepro com o vice-governador e secretário estadual da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, houve a promessa de seria aumentado o número de homens para a Delegacia e BM, para que assim se consiga melhorar cada vez mais a segurança. O número de brigadianos destinado à cidade, somente três, em recente distribuição de novos policiais militares formados foi lamentado pelo Poder Público.

Preocupação com a segurança

A prefeita Corinha Molling fala em transgressão quando aborda o tema segurança pública. “Uma das preocupações da nossa Administração é com a segurança dos cidadãos. Investimos no social realizando obras de infraestrutura e instalação das novas lâmpadas LED, na educação, cultura e geração de empregos porque entendemos que são ações eficazes para redução da violência, além da parceria que temos com a Brigada e a Civil visando oportunizar mais segurança aos que trabalham contribuindo para o desenvolvimento”, destaca. Ela também comentou o número de policiais cedido a Sapiranga. “Apesar de o Estado considerar suficiente a cedência de novos policiais militares (apenas três homens) para atuar na cidade, que atualmente conta com mais de 80 mil habitantes, seguimos trabalhando sério e com responsabilidade para atender a comunidade. O trabalho das polícias é fundamental para as cidades se desenvolverem. Deste modo entregamos automóveis zero-quilômetro e equipamentos à Brigada e realizamos a reforma do prédio da Delegacia e a aquisição de mobiliários e equipamentos, investimentos da Prefeitura para oportunizar mais segurança aos munícipes”, disse.

Forças policiais

Até o momento há o registro de quatro assassinatos configurados de janeiro até o dia 15 de outubro. Os números disponibilizados pela equipe local da Polícia Civil representam somente homicídios, em resumo, o próprio crime contra a vida. Não estão inclusas ocorrências de latrocínio.
Em relação aos índices de crimes solucionados, de acordo com o chefe de investigações da Delegacia de Sapiranga, Carlos André Medeiros, nos últimos dois anos, todos os nove casos de assassinato foram solucionados com a identificação dos responsáveis pelo crime. Em 2017 somente um restou sem autoria. Na ocasião, um total de 20 homicídios haviam sido contabilizados.
Segundo o tenente-coronel e comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar, João Ailton Iaruchewski, a Brigada Militar (BM) se utiliza de uma ferramenta que desenvolve um mapeamento em cima das estatísticas de crimes para promover um trabalho de proatividade dentro do policiamento ostensivo. “Hoje em torno de 80% dos homicídios tem relação com o tráfico de drogas e depois disso aparecem os crimes passionais”, declarou. O comandante também lembrou que a BM desde 2014 conta com o Programa Avante, no combate à criminalidade.