Família busca dar enterro digno para ex-marinheiro e domador de cavalos assassinado em Taquara

Douglas Schmidt, 38 anos. Possuía paixão por cavalos. Nos últimos meses da sua vida, viveu na rua por opção - Foto: Arquivo da família.

Região – Enquanto a Polícia Civil de Taquara busca reunir provas para esclarecer o assassinato do ex-domador de cavalos e ex-oficial da Marinha do Brasil, Douglas Schmidt, 38 anos, a família quer superar os entraves burocráticos com o Instituto Médico Legal (IML) e o Poder Judiciário, em Sapiranga, para proporcionar um sepultamento digno ao sapiranguense.

Recentemente, o corpo de Douglas foi sepultado no Cemitério Municipal de Taquara, pois passado o período de 15 dias, quando familiares não são localizados para a identificação e encaminhamentos de atos fúnebres, o enterro ocorre no município onde ocorreu o crime. Através da apuração da Funerária Gerson, de Sapiranga, que sabia do crime, em Taquara, e do desaparecimento de Douglas, foi possível informar os familiares que residem no Centro de Sapiranga.

Vera Lucia Schmidt, mãe de Douglas, ainda está profundamente abalada com a morte do seu filho: “Ele sempre foi um rapaz maravilhoso. Nunca levantou a voz para nós e sempre chamava eu e o pai dele de senhor e senhora”, relembra a mãe. Durante dez anos, Douglas foi oficial da Marinha do Brasil e viajou o país por diferentes estados: “Na Marinha, além de ser oficial, fez curso de enfermagem, casou, teve dois filhos, mas acabou se separando da primeira esposa. Depois disso, morou um tempo conosco, mas quando o pai dele adoeceu, ele entrou no mundo das drogas. De tempos para cá, ele se dedicava a doma de cavalos e lidava com gado. Aliás, na Expointer, chegou a ser segundo lugar na doma de cavalos. Na adolescência, ele estudou na Escola Municipal Willy Oscar Konrath”, relembra a mãe. Agora, o desejo da família é conseguir fazer um enterro digno para Douglas, em Sapiranga, mas antes, é necessário trazer o corpo de Taquara para depois crema-lo.

Relembre o episódio

Douglas foi assassinado na localidade de Figueirão, interior do município de Taquara, entre o sábado (21) e o domingo (22 de março). Quando a polícia chegou ao local, constatou que a vítima estava com sinais de violência no corpo e as mãos estavam amarradas para trás. O corpo havia sido jogado dentro de uma pisicina em uma propriedade rural.